Parceria com Estado vai ajudar a encontrar e qualificar mão de obra para a construção civil em Goiás

Parceria com Estado vai ajudar a encontrar e qualificar mão de obra para a construção civil em Goiás

A falta de profissionais para suprir as vagas na construção civil em Goiás pode estar com os dias contados. Frente liderada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) e Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sindusco-GO) selou parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Retomada, para auxiliar na divulgação de vagas do setor e incentivar a abertura e participação em cursos para qualificação de mão de obra, outro problema também enfrentado pelas empresas.

Volume de contratações prevista pelo setor para este ano, de 5 mil empregos na região metropolitana de Goiânia e mais 5 mil no interior do estado, já foi alcançado apenas nos três primeiros meses de 2022. Agora, a expectativa passou para 6 mil novos postos de trabalho apenas na Grande Goiânia para atender aos lançamentos comercializados em 2021, cujas obras ainda iniciarão ou já estão em andamento. As principais demandas são para postos de trabalho principalmente para os cerca de 60 canteiros de obras existentes hoje, como mestre de obras, serventes, pedreiros, armadores e carpinteiros, entre outros.

Uma das ações que serão desenvolvidas de imediato pelo governo do Estado é a divulgação das vagas mais urgentes da construção civil, inclusive aquelas localizadas na região oeste de Goiânia, pelo programa Mais Emprego, durante o Mutirão do Governo de Goiás, que será realizado no próximo final de semana, de 13 a 15 de maio, no setor Vera Cruz, em Goiânia, além de portais especializados em divulgação de ofertas de trabalho.

Outra opção estudada será a oferta de cursos específicos pelos Colégios Tecnológicos estaduais (Cotecs), que oferecem mais de 17 mil vagas gratuitas para cursos de qualificação. “Como já fizemos com outra entidade, podemos focar em formações específicas apenas para atender à construção civil. Além de auxiliarmos na divulgação das vagas, o empresário pode fazer o cadastro delas em uma plataforma especial para que possamos encaminhar currículos que melhor possam atender às exigências”, explica a superintendente da Retomada, do Trabalho, do Emprego e da Renda, Raissa Rodrigues, que ouviu prontamente às demandas.

O segmento acredita que o maior problema está na informalidade. “Esta situação, que acaba sendo praticada por quem deseja reformar ou construir casas, é comum, mas percebemos um aumento crescente desta prática que acaba prejudicando o mercado de contratação formal. A luta tem que ser de todos”, aponta o superintendente executivo da Ademi-GO, Felipe Melazzo.

“Estamos buscando apoio e solução em todos os lados. Temos também uma parceria com o Sebrae, com um trabalho intensivo nas ações de extensão. Também mantemos um relacionamento alinhado e de qualidade com os trabalhadores e seu sindicato. E, quanto aos cursos, temos vagas gratuitas, principalmente pela parceria com o sistema S, mas não há interesse pela formação na área”, aponta o presidente do Sinduscon-GO, Cezar Mortari. “Estamos buscando todas as alternativas possíveis, até mesmo com oferta de cursos nos próprios canteiros de obras ofertadas Sistema S, mas que já passam a ser custeadas pelos próprios empresários para que consigam ter trabalhadores capacitados”, destaca. Neste caso, a obra é interrompida mais cedo e o colaborador também ganha um valor extra para que se dedique à capacitação.

O apelo é que o governo também entre nesta parceria, auxilie com a formação de trabalhadores e no incentivo à conscientização para que estes profissionais saiam da informalidade. Outra ação neste sentido será realizada pela Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), que irá realizar uma pesquisa de mercado sobre a construção civil na região metropolitana de Goiânia. A expectativa é identificar onde estão os trabalhadores e o objetivo das pessoas que hoje se encontram desempregadas, traçar um panorama humano do segmento. Deste modo, ficará mais fácil identificar as regiões que demandarão cursos e apoio de todo o setor.

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