As vendas de imóveis novos têm crescido ao longo do ano, ao mesmo tempo em que recuam os cancelamentos de negócios - os chamados distratos - de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
A pesquisa mostra que entre janeiro e outubro as vendas de imóveis novos cresceram 5,3% ante igual período do ano passado, para 87.618 unidades. Já os lançamentos de imóveis novos totalizaram 58.971 unidades entre janeiro e outubro de 2017, alta de 18,0% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Nos últimos 12 meses, tanto os lançamentos (78,8 mil unidades) quanto as vendas (107,5 mil unidades) de imóveis novos cresceram - respectivamente, 15,8% e 5,1% em relação ao registrado no período imediatamente anterior.
Na divisão por segmento, contudo, é possível identificar diferenças no desempenho dos empreendimentos residenciais de médio e alto padrão (MAP) e dos empreendimentos residenciais vinculados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Segundo a pesquisa, os lançamentos residenciais de médio e alto padrão recuaram 9,7% nos últimos 12 meses, enquanto as vendas do segmento ainda acumulam queda de 13,6% frente ao período precedente. Já o número de lançamentos residenciais do programa MCMV aumentou 25,5% nos últimos 12 meses em relação ao período anterior, tendência positiva acompanhada pelo aumento expressivo no volume de vendas (+29,7%), na mesma base de comparação.
Considerando todos os segmentos, foram contabilizados 35,6 mil distratos nos últimos 12 meses, o equivalente a 33,1% das vendas de imóveis novos. No mesmo período, a relação entre distratos e vendas do segmento médio e alto padrão foi de 45,6% enquanto esse porcentual foi de 18,1% entre empreendimentos MCMV.
Levando-se em conta a safra de lançamentos mais antiga na série histórica (1º trimestre de 2014), a proporção de distratos entre as unidades vendidas do segmento médio e alto padrão é de 34,0%, porcentual que supera o registrado para a mesma safra de empreendimentos do programa MCMV (20,8%).
Os dados abrangem imóveis novos, dos segmentos residencial, comercial e loteamentos, desenvolvidos por 20 empresas associadas à Abrainc, com atuação espalhada por diversos Estados e concentração na Região Sudeste.
Fonte: O Estado de S. Paulo online
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