VENDA DE NOVOS IMÓVEIS EM SP CRESCE 43% EM JANEIRO, DIZ SETOR

Conforme apurado pela Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP, foram comercializadas 2.315 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O resultado foi 60,1% inferior aos números de dezembro de 2019 (5.805 unidades), mas 42,7% acima das vendas de janeiro de 2019 (1.622 unidades).

No acumulado de 12 meses (fevereiro de 2019 a janeiro de 2020), as 45.428 unidades comercializadas representaram um aumento de 52,1% em relação ao período anterior, de fevereiro de 2018 a janeiro 2019, quando 29.859 unidades foram negociadas.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em janeiro de 2020, o lançamento de 153 unidades residenciais, volume 98,6% inferior ao apurado em dezembro de 2019 (10.924 unidades) e 46,5% abaixo do total de janeiro de 2019 (286 unidades).

No acumulado de 12 meses (fevereiro de 2019 a janeiro de 2020), os lançamentos na capital paulista somaram 55.396 unidades, 51,1% acima das 36.662 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior (fevereiro de 2018 a janeiro de 2019).

Imóveis econômicos – Para segmentar os imóveis econômicos, o Secovi-SP elegeu as faixas de preço enquadradas nos parâmetros do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e de preço do metro quadrado de área útil, com o limite de aproximadamente R$ 7.000,00, conforme a data e a cidade de lançamento do empreendimento.

Em janeiro, 1.313 unidades com essas características foram vendidas e 56 unidades foram lançadas. A oferta totalizou 15.689 unidades econômicas disponíveis para venda, com VSO de 7,7%.

Nos demais segmentos de mercado, a Pesquisa de Mercado Imobiliário identificou 1.002 unidades vendidas, 97 unidades lançadas, oferta final de 16.421 unidades e VSO de 5,8%.

Oferta – A capital paulista encerrou o mês de janeiro de 2020 com a oferta de 32.110 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados foi 5,6% menor em relação ao mês de dezembro de 2019 (34.019 unidades) e ficou 53,0% acima do registrado em janeiro do ano passado (20.989 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (fevereiro de 2017 a janeiro de 2020).

Costumeiramente, a Pesquisa do Mercado Imobiliário da cidade de São Paulo do mês de janeiro apresenta redução no volume de lançamentos e vendas em relação a dezembro. “Esse efeito sazonal é ocasionado pela concentração de lançamentos no mês de dezembro e a diminuição em janeiro, período influenciado por férias escolares e festas de fim de ano”, ressalta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

A realidade do setor fica mais clara quando se comparam os resultados de janeiro do ano vigente com o mesmo mês do ano anterior. “Os dados acumulados em 12 meses também amenizam o efeito da sazonalidade”, completa Petrucci.

Ainda assim, as vendas de janeiro mantiveram bom ritmo. Com a comercialização de 2.315 unidades, este foi o melhor janeiro da série histórica da pesquisa.

“As unidades econômicas e compactas continuam incrementando os volumes de lançamentos e de vendas, movimento que tem sido observado nos três últimos anos”, ressalta o economista-chefe.

Na oferta final, notou-se a redução de 5,6% em relação aos dados de dezembro de 2019. “Esse resultado é condizente com o ritmo do mercado. E mesmo estando acima da oferta média, as unidades em estoque não nos preocupa, pois equivalem a 8,5 meses de venda, considerando a média dos últimos 12 meses”, destaca Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Apesar do bom desempenho, o que contribui positivamente para a retomada econômica do País – gerando empregos e impulsionando o recolhimento de impostos –, persiste a preocupação com o futuro do setor, principalmente com relação às restrições impostas pela Lei de Zoneamento. “Sem mudanças legais pontuais na legislação, o empreendedor não tem liberdade nem condições de produzir algumas das tipologias de imóveis que o mercado demanda, sobretudo para famílias de classe média e média alta, já que unidades compactas não atendem às necessidades dessa parcela da população”, diz Basilio Jafet, presidente da entidade.

Incertezas quanto à saúde financeira dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) destinados à habitação e a lentidão na tramitação das reformas Administrativa e Tributária são outros fatores que trazem insegurança ao mercado imobiliário.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Secovi-SP

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