Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), divulgada dia 04, indica manutenção do otimismo do setor no longo prazo, ainda que a avaliação do início do ano tenha ficado abaixo da expectativa.
“O setor acredita na boa vontade do governo, tanto é que não há associados pessimistas com suas ações, no entanto é inegável que o não andamento de algumas reformas e medidas econômicas, previamente anunciadas, prejudicaram o setor”, destaca o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro.
O Termômetro da Abramat apontou que, para 48% das associadas, o resultado em fevereiro foi “bom” ou “muito bom”, enquanto que a expectativa positiva para o resultado total de março decresceu para 24%. As expectativas de venda para o mês de abril, contudo são melhores, com 45% das empresas projetando um desempenho “bom” ou “muito bom”.
O nível de utilização da capacidade instalada das empresas associadas está em consonância com a redução do otimismo no curto prazo, chegando a 72% (4% abaixo do observado em fevereiro). Em relação às expectativas sobre as ações governamentais, altas desde a vitória do atual governo nas eleições em 2018, pela primeira vez desde então teve uma mudança mais sensível.
O termômetro indica que, mesmo sem avaliações “pessimistas”, pela primeira vez desde outubro de 2018 é maioria o número de empresas “indiferentes” às ações governamentais, 55%, contra 45% que seguem “otimistas”.
“O faturamento da indústria de materiais de construção foi abaixo do esperado, como tem demonstrado nossas pesquisas. A indústria de materiais está, nesse caso, em consonância com um movimento que é comum a praticamente todos os segmentos da iniciativa privada, e não por acaso. Reiteramos que vemos no governo bastante atenção e determinação para conduzir pautas de relevância econômica, mas agora já indo para o seu terceiro mês, cresce a expectativa pela confirmação de medidas concretas que estimulem a retomada do crescimento do país” afirma Rodrigo Navarro.
Fonte: Agência CBIC
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