O IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) avançou 1,06% em maio, desacelerando em relação ao resultado do mês anterior (1,78%).
Todas as dez capitais pesquisadas registraram elevação dos preços dos imóveis residenciais no período. Em São Paulo, o indicador subiu 1,72% em maio, na comparação com abril, e cresceu 15,44% no acumulado de 12 meses, acima da média nacional de 9%.
Os aumentos de preços em maio variaram de 0,2%, no Rio de Janeiro, até 2,49%, em Porto Alegre. As variações acumuladas em 12 meses continuaram em aceleração exceto pelo Recife, onde o percentual de maio (3,24%) ficou ligeiramente abaixo do registrado no mês anterior (3,30%).
Mesmo nos casos de menor variação nominal no período, a tendência de recuperação dos preços em termos reais teve sequência, impulsionada pela deflação dos índices de preços ao consumidor nos últimos meses.
No acumulado de 12 meses, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, registraram variações acumuladas em torno de 4%, abaixo da média para o país. Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Goiânia e Brasília mostraram variação de cerca de 10%, próxima à variação média nacional de 9%.
Na análise da Abecip, essas diferenças regionais ilustram a incerteza associada ao ritmo da recuperação nos preços dos imóveis residenciais no Brasil. Em um primeiro momento, essa incerteza ainda era predominantemente derivada dos desafios de ajuste macroeconômico do país, que vinham impondo um ritmo lento à recuperação do nível de atividade econômica no período após a recessão terminada em 2016. Ainda assim, o setor de construção civil vinha apresentando desempenho relativamente favorável, com crescimento de 1,6% em 2019, acima do PIB no ano (1,1%).
Ainda segundo a Abecip, nos dois últimos meses, a pandemia fez crescer consideravelmente esse ambiente de incerteza, porém novamente o setor de construção civil pareceu contar com elementos relativamente favoráveis. Do lado da oferta, as medidas de distanciamento social não afetaram as obras com a mesma intensidade de outros setores industriais. Do lado da demanda, os juros em baixa histórica parecem ter ajudado a impulsionar o volume de financiamentos imobiliários, mesmo em abril, primeiro mês completo sob os efeitos da pandemia.
De acordo com aquela entidade, o principal desafio para a continuidade da recomposição dos preços dos imóveis está na dinâmica do mercado de trabalho, com efeitos provavelmente desfavoráveis das quedas nos níveis de emprego e rendimento sobre a confiança de consumidores e investidores.
Fonte: Sinduscon-SP
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