O resultado do IGMI-R/ABECIP em abril deu sequência à tendência de aceleração na variação dos preços dos imóveis residenciais do Brasil observada a partir do último trimestre de 2019. O indicador avançou 1,78% no mês, levando o resultado acumulado em 12 meses a uma alta de 9,01%. O gráfico abaixo apresenta as evoluções das variações acumuladas em 12 meses do IGMI-R/ABECIP e do índice de preços ao consumidor ampliado (IPCA/IBGE).

Ao longo do período desde o início da série histórica do IGMI-R/ABECIP, podemos ver quatro fases distintas. Na primeira, tivemos um movimento de queda contínua nos preços dos imóveis residenciais, inclusive em termos nominais, refletindo os efeitos negativos da recessão iniciada em 2014. A segunda fase mostra uma redução na tendência de quedas dos preços, a partir de meados de 2016. Na terceira fase, as variações nos preços dos imóveis residenciais voltam ao terreno positivo em termos nominais a partir de meados de 2018, porém ainda negativas em termos reais, com a diferença estreitando significativamente a partir de outubro de 2019. A quarta fase é marcada pelo primeiro quadrimestre de 2020, onde de um lado a aceleração nos preços dos imóveis residenciais, e de outro a queda nos preços ao consumidor, caracterizam aumentos dos preços dos imóveis residenciais em termos reais pela primeira vez na série histórica do IGMI-R/ABECIP.
Ainda que de forma heterogênea entre as localidades analisadas pelo IGMI-R/ABECIP, esse aumento em termos reais pela perspectiva do acumulado em 12 meses em abril de 2020 foi verificado para todas as capitais, como pode ser visto na tabela abaixo.

O destaque positivo continua sendo São Paulo, com um aumento de 2,19% em abril, levando o acumulado em 12 meses para 14,18%. No entanto, mesmo as capitais com pior desempenho relativo sob a perspectiva das variações em 12 meses, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, ainda assim passaram ao terreno positivo nas variações dos preços dos imóveis residenciais em termos reais, sempre levando em conta a variação do IPCA no período de 12 meses encerrado em abril.
A despeito das incertezas trazidas pela pandemia às decisões econômicas, os preços dos imóveis residenciais mantiveram até aqui a tendência de aceleração verificada a partir do final de 2019, sendo a queda dos preços ao consumidor um fator importante na recomposição de valores dos imóveis em termos reais. Até esse momento, a melhora nas condições de financiamento trazida pela tendência de queda significativa nas taxas de juros aparenta compensar a redução no volume de renda disponível. Indicadores como a sondagem de confiança do setor de construção trazem uma incerteza significativa para a trajetória dos preços dos imóveis residenciais nos próximos meses.
Fonte: Abecip
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