PREÇO DO METRO QUADRADO SOBE EM CURITIBA E ULTRAPASSA OS R$ 7,6 MIL

O mais recente levantamento feito pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) mostrou que o preço do metro quadrado de imóveis novos na capital valorizou 5,7% em um ano e chegou a R$ 7,6 mil. Os números foram divulgados dia 19 pela entidade e referem-se a um levantamento realizado em abril com imóveis novos.  A pesquisa mostrou que os preços cresceram 0,8% acima da inflação do período, constando um ganho real aos investidores.

Ainda de acordo com a Ademi, essa é a primeira vez em nove anos que o estoque de imóveis novos fica tão baixo na cidade, com pouco menos de 5,9 mil residenciais à venda.  Para se ter ideia, em junho de 2014, Curitiba viveu o pico de seu estoque ofertando mais de 12,3 mil unidades.

O presidente da associação, Leonardo Pissetti, diz que, ainda que a valorização real pareça tímida, são bons sinais de que o mercado de imóveis está reaquecendo. “Estamos saindo de uma recessão e o mercado ainda não sentiu toda a valorização almejada. Temos produtos que estavam engavetados sendo lançados com preços antigos e projetos mais novos saindo do forno, todos esperando um momento melhor. Estamos passando por uma questão de regulagem”, comentou.

“Historicamente, Curitiba absorve por ano cerca de sete mil imóveis. Então, em um rastro curto de tempo, se não houver novos lançamentos, a demanda vai ser maior do que oferta e isso pode oferecer ao mercado toda a valorização esperada”, pontuou.

A associação também mostrou que os imóveis mais caros da cidade são os de quatro quartos disponíveis no Batel. Na região, o metro quadrado de um imóvel desses pode custar em média R$ 15 mil. Na sequência, bairros como Bigorrilho, Centro  Cívico, Ecoville, Hugo Lange e Mercês estão entre os mais valorizados, com metros quadrados variando entre R$ 8,2 mil e R$ 13,6 mil.

Metro quadrado dos usados subiu 3,6%

Outra pesquisa imobiliária realizada na capital apontou a valorização do metro quadrado, mas dessa vez para imóveis usados. O portal de locação e vendas Imóvelweb realizou um levantamento de 70 mil ofertas disponíveis em seu site e chegou à conclusão de que o preço do metro quadrado subiu 3,6%, entre abril de 2018 e abril de 2019, na capital paranaense.

A empresa mostrou que o preço médio é de R$ 4.767 na cidade, sendo o Batel, Ahú e Alto da Glória os bairros com os metros quadrados mais caros. Na outra ponta, aparecem os bairros Campo de Santana, o Tatuquara e o Cachoeira como os mais baratos.

A gerente de marketing da Imóvelweb, Angélica Quintela, explicou que a pesquisa foi feita com base em apartamentos de 65 metros quadrados e com dois quartos, que são os mais populares entre os clientes do portal.

“Curitiba nos surpreendeu positivamente. Comparado a outras regiões, foi o melhor retorno que tivemos em relação a valorização do valor do imóvel”, comenta a profissional. “É uma cidade promissora, com qualidade de vida. Então, existe uma grande demanda por pessoas que procuram a cidade e isso influencia nos valores dos imóveis, sem dúvida”, pontuou.

“O que estamos vendo é uma movimentação do mercado, um aquecimento nas vendas estimulado pelo acesso ao crédito e taxas mais baixas", finaliza.

Imóveis alugados

A mesma pesquisa apurou os preços de aluguéis médios cobrados na plataforma Imóvelweb. Neste quesito, houve uma redução nos preços gerais de 3,2%, nos últimos 12 meses.  Imóveis de 65 metros quadrados foram cotados com preço médio de R$ 956 por mês.

No bairro Ecoville essa queda foi ainda mais acentuada, chegando a 13% no período, fazendo a locação cair para R$ 1.450. Ainda assim a região está entre as três mais caras de Curitiba, acompanhada do Prado Velho (R$ 2 mil) e Ahú (R$ 1.540).

Entre os bairros mais baratos para fechar uma locação neste padrão, o Tarumã, R$ 600, foi o que sentiu uma das mais altas valorizações da cidade, tendo um crescimento de quase 4% nos valores de aluguel, em um ano. Os especialistas ouvidos nesta reportagem atribuem o crescimento ao lançamento do Shopping Jockey Plaza na região."

Fonte: Gazeta do Povo

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