INDICADORES REFORÇAM QUE ANÁPOLIS CONTINUA SENDO A MELHOR CIDADE PARA SE VIVER EM GOIÁS

Anápolis é a principal cidade importadora de Goiás, tendo concentrado quase 45 das importações de insumos no ano de 2018. Enquanto o estado importou o volume de U$ 3,5 bilhões em produtos como insumos para produção de medicamentos, máquinas e peças automotivas, Anápolis movimentou U$ bilhão no ano.

Em 2017, o volume importado pela cidade representou 49,8% do total no Estado. Dados são da Síntese de Indicadores Socioeconômicos do Instituto Mauro Borges (IMB), que revela, desde 2006, a manutenção do município em primeiro lugar no ranking dos principais importadores de Goiás.

A cidade também detém o segundo maior PIB do Estado, que em 2016, último medido pelo IMB, ficou em R$ 13,118 bilhões, o que representa 7,2% do PIB do Estado.

De acordo com a mestre em economia regional e pesquisadora do IMB, Clécia Satel, o nível de importações em crescimento revela o impacto positivo da industrialização no desenvolvimento econômico da cidade, que segundo ela, é um dos principais polos atrativos de Goiás e até mesmo do Centro-Oeste para novos negócios.

A observação da pesquisadora é referendada pela pesquisa da Urbam System que classifica Anápolis entre as cem cidades mais competitivas do Brasil e apontou crescimento de 15 pontos no ranking dos melhores municípios para fazer negócios em 2018.

Industrialização

O movimento, segundo Clécia Satel, é muito positivo para a economia goiana, pois importa insumos para produção de itens de maior valor agregado e que posteriormente serão exportados. “Esses negócios contribuem significativamente para o equilíbrio da balança comercial do Estado. Só a indústria farmacêutica respondeu por 34% das importações em 2018 e as máquinas e peças para montagem de automóveis por mais de 15%”, afirma.

O perfil das importações da cidade, segundo Clécia, mudou nos últimos anos, especialmente após a instalação da montadora de automóveis Caoa Hyundai em 2007, que precisa adquirir peças pré-fabricadas no exterior. Mas é o polo farmacêutica existente na cidade que mais agrega para que Anápolis seja a primeira colocada no ranking de importação no Estado. Só no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) são mais de 20 empresas dessa área, com laboratórios Teuto e Neoquímica. Juntos, os dois gigantes farmoquímicos empregam mais dez mil pessoas.

Além da grande quantidade de laboratórios e de indústrias, o distrito criado na década de 1 ainda possui uma Estação Aduaneira e diversas outras empresas, somando mais de 200 unidades fabris.

Para Clécia Satel, existe todo um conjunto que faz Anápolis ser considerada uma cidade competitiva envolvendo sua industrialização, mas também a localização, educação e geração de empregos. “Esses fatores contribuem para a formação de uma rede que fornece condições para o desenvolvimento de negócios, pois a cidade tem diversas instituições de ensino que forma profissionais com boa qualificação; sendo assim, as empresas têm resultados satisfatórios”, pontuou.

Mais empregos

Segundo o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, referente a março deste ano, Goiás foi o segundo estado brasileiro a criar o maior número de vagas formais de emprego, indo na contramão que foi registrado no País, que registrou saldo negativo na geração de postos de trabalho.

Grande parte deste bom desempenho contou com a participação de Anápolis, que está entre as cinco cidades goianas com melhor saldo positivo no acumulado do ano. Foram 865 novas vagas criadas no ano passado e nos 12 últimos meses o município já acumula 1.608 novos postos de trabalho formais, perdendo apenas para a capital Goiânia, que gerou 5.517.

De acordo com a economista Clécia Satel, além de muitas oportunidades de trabalho, Anápolis oferece postos de trabalho de maior qualidade, que exigem maior nível de especialização portanto, resultam em melhores salários. Esse movimento, lembra a especialista, reflete em vários setores da economia local, como comércio, imóveis e serviços. Tudo isso acaba gerando investimentos e, consequentemente mais emprego e renda. “A industrialização e empregabilidade causam um impacto positivo nos diversos setores da atividade econômica, pois gera demanda por serviços e comércio, alavancando até o mercado imobiliário, por conta da demanda maior por moradias”, esclarece.

A Caoa, por exemplo, que produz veículos Hyundai e Chery no DAIA, anunciou recentemente que em um prazo de cinco anos devem ser investidos mais de US$ 2 bilhões no parque fabril local. Ou seja, novos postos de trabalho e oportunidades de negócios estão por vir, mantendo Anápolis num virtuoso e contínuo ciclo de desenvolvimento que aquece sobretudo o mercado imobiliário.

Por falar nele, esse tem sido um setor que está atraindo nos últimos anos novos investimento seja para empreendimentos residenciais ou comerciais. Conforme Clécia, o setor imobiliário é um dos que mais são impactados com o processo de desenvolvimento econômico, já que com a geração de mais empregos, vem logo a demanda por mais residências e também por outras estruturas, como prédios e escritórios que abrigam prestadores de serviços em diversas áreas, educação, saúde, alimentação, segurança, transporte.

Atento a esse crescente potencial econômico de Anápolis o grupo empreendedor formado pelas empresas Atmo Desenvolvimento Imobiliário, ABL Prime e Queiroz Silveira Incorporadora, lança em breve o primeiro complexo imobiliário mixed use de grande porte cidade, trazendo para o município investimentos da ordem de R$190 milhões.

Serão quase 50.000 m² de área construída, onde será edificado uma home service – torre residencial com diferenciais na parte de serviços – um shopping, um centro clínico e um hospital de alta complexidade que contará com cooperação técnica do renomado Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. O moderno mixed use ficará localizado na Avenida Goiás, ao fundo da Igreja Sant’Ana, no Centro da cidade.

Segundo o diretor de Novos Negócios da Atmo Desenvolvimento Imobiliário, Cleberson Marques, a forte industrialização da cidade, seu hub logístico, o perfil de renda de sua população, o crescimento educacional experimentado nos últimos anos e a constatação de carência na parte estrutura hospitalar foram fatores que atraíram o olhar do grupo empreendedor e motivou o desenvolvimento do projeto para a cidade que, em sua visão, continuar no ciclo de crescimento positivo nos próximos anos.

Na avaliação do empresário, existe em Anápolis um grande potencial para desenvolvimento do mercado imobiliário com maior verticalização e inovação, que ainda não foi explorado, como poderia ser, como aconteceu em outras cidades de médio porte com forte industrialização como, por exemplo, em São José do Rio Preto e em São José dos Campos, ambas em São Paulo.

Ele avalia que o mercado imobiliário nacional tem mudado e já não é mais possível entregar somente uma área construída, sendo preciso entregar valor, soluções e conveniência. “Diante das tendências inovadoras, projetamos um complexo com foco no inter-relacionamento entre as operações, a fim de valorizar o ativo de maior valor na sociedade que é o tempo”, enfatiza.

Fonte: Portal6

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