DO COMPULSÓRIO PARA O FINANCIAMENTO HABITACIONAL

A semana começa com certo alívio para o setor imobiliário. Depois de muita pressão e da inicial negativa do governo de flexibilizar as regras do compulsório da poupança para financiamentos no setor, o Conselho Monetário Nacional decidiu injetar R$ 22,5 bilhões no segmento. Na última sexta-feira, o Banco Central anunciou que, a partir de hoje, 1º de junho,  os bancos poderão usar parte maior dos recursos que deveriam ficar retidos na autoridade monetária para empréstimo para compra de imóveis. A liberação deve beneficiar principalmente a Caixa Econômica Federal, que detém uma participação de 70% do mercado. Para o vice-presidente da Indústria Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Adalberto Júnior, a medida não soluciona os problemas do setor, mas vai amenizar. “O reforço de crédito traz um recurso que antes não existia e dá fôlego para o Sistema Financeiro Habitacional (SFH). Tem chances de durar até o fim do ano, mas, sem uma retomada da economia, novas medidas paliativas serão necessárias”, avalia. Além da liberação do compulsório, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) anunciou na semana passada a liberação de quase R$ 5 bilhões a mais este ano, para financiamento da casa própria a cotistas do FGTS que ganham mais. A medida veio acompanhada, no entanto, da redução do teto do valor do imóvel de R$ 750 mil para R$ 400 mil. Com as medidas, o governo espera aquecer o setor, que está com os estoques altos e demitindo trabalhadores — 110 mil postos foram fechados na construção civil em 2014 —,  pela falta de perspectiva de novos lançamentos. A expectativa é de que, com mais recursos disponíveis, mais pessoas tenham acesso ao crédito imobiliário. “Não sabemos ainda como esse dinheiro será usado. Como os bancos vão financiar, quem vão financiar, e se as taxas de juros voltarão aos patamares anteriores. Mas é animador para nós e certamente será para os consumidores que necessitam do crédito”, diz o dirigente do Sinduscon-DF. (Fonte: Correio Braziliense)  

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