O nível de atividade da construção civil registrou alta pelo quarto mês consecutivo, confirmando a tendência de crescimento do setor. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção, relativa a novembro, divulgada sexta-feira (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa aponta crescimento considerável da utilização da capacidade operacional, que atingiu 63%, o maior nível desde dezembro de 2014.
De acordo com os dados da CNI, o índice de atividade da indústria da construção em novembro foi de 50,3 pontos. Ainda que tenha apresentado ligeira queda na comparação mensal com outubro, manteve-se acima da linha divisória de 50 pontos, indicando aumento do nível de atividade da construção em relação ao mês anterior.
No entanto, diferentemente de outubro, o desempenho favorável da indústria da construção não resultou em alta de empregos. O nível de emprego ficou em 49,1 pontos, abaixo dos 50 pontos, o que indica queda no número de empregados frente a outubro, embora a pontuação esteja acima de sua média histórica de 44,1 pontos.
A alta de 61% para 63% da Utilização da Capacidade Operacional (UCO), depois de um leve recuo registrado em outubro, aponta a retomada da trajetória de crescimento iniciada em maio.
“A Sondagem Indústria da Construção deste mês mostra que o setor continua se recuperando bem depois da pandemia e tende a continuar a trajetória de crescimento em 2021. Essa projeção se confirma cada vez mais a partir do registro do maior nível de utilização da capacidade operacional desde 2014”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
A pesquisa mostra que a confiança dos empresários permanece em alta, com intenção de investimento estável, em patamar elevado. O índice de Confiança do Empresário Industrial da Indústria da Construção (Icei-Construção) cresceu 1,2 ponto em dezembro, para 60,1 pontos. O Icei-Construção cresce desde maio, com exceção do mês de outubro, quando ficou estável.
De acordo com a análise da CNI, o avanço da confiança da construção em dezembro deu-se principalmente por uma forte melhora da percepção dos empresários com relação à situação atual e ao futuro da economia brasileira, enquanto os índices de condições e expectativas quanto às próprias empresas também avançaram, mas em menor medida.
A intenção de investir da indústria da construção, por sua vez, ficou estável entre novembro e dezembro. O índice aumentou 0,3 ponto e alcançou 42,7 pontos.
Fonte: Valor Econômico
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