O Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção) atingiu 60,7 pontos em novembro. Com o crescimento de 8,6 pontos em relação a outubro, o indicador alcançou o maior valor desde maio de 2012. As informações são da Sondagem Indústria da Construção, divulgadas na quarta-feira (28) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento do ICEI-Construção, que está acima da média histórica, de 52,9 pontos, mostra que melhorou a percepção dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e da economia.
Mas os industriais estão especialmente otimistas em relação ao futuro. O indicador de condições atuais cresceu 6 pontos em relação a outubro e ficou em 49,5 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos que separa a confiança da falta de confiança. O índice de expectativas aumentou 9,8 pontos frente a outubro e atingiu 66,5 pontos, mostrando que os empresários esperam a melhora dos negócios e da economia nos próximos seis meses. Os indicadores de confiança variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão otimistas.
Os demais indicadores de expectativas da pesquisa também ficaram acima dos 50 pontos, confirmando o otimismo do setor. Os índices mostram que os industriais esperam o aumento do nível de atividade, da contratação de novos empreendimentos e serviços e do número de empregados. “A definição do cenário eleitoral traz a perspectiva de mudança e de aprovação das reformas necessárias à recuperação da economia”, afirma a economista da CNI Dea Fioravante.
No entanto, os empresários continuam cautelosos com os investimentos em compras de máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, inovação de produto e processo. O índice de intenção de investimento ficou em 32,5 pontos neste mês, mesmo valor de outubro, e está 1,1 pontos abaixo da média histórica, que é de 33,6 pontos. O índice de intenção de investimentos varia de zero a cem pontos. Quanto menor o índice, menor é a intenção de investimento.
Desempenho em outubro
O índice de utilização da capacidade de operação ficou em 59% em outubro, mesmo percentual registrado em setembro. Isso significa que a construção operou com 41% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados no mês passado.
“As empresas de pequeno porte são as que operam com capacidade mais baixa, 54%. Já as de grande porte operam acima da média, com 61% da capacidade”, informa a pesquisa. Ou seja, nas pequenas empresas a ociosidade é de 46% e, nas grandes, de 39%.
O índice de evolução da atividade voltou a cair e ficou em 47,7 pontos, e o indicador de número de empregados ficou praticamente estável, em 44,9 pontos em outubro. Embora estejam acima do registrado em outubro de 2017, os dois indicadores continuam abaixo da linha divisória dos 50 pontos, mostrando queda na atividade e no emprego no setor.
“A recuperação da indústria da construção depende de um crescimento econômico mais robusto a ponto de os consumidores demandarem os serviços do setor. Além disso, políticas que facilitam o acesso a financiamentos de longo prazo tendem a estimular o setor”, diz Dea Fioravante.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 14 de novembro com 569 empresas do setor. Dessas, 196 são pequenas, 248 são médias e 125 são de grande porte.
Fonte: CBIC
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