Em setembro de 2020, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) rodou todas as regiões do país, reunindo cerca de 400 empresários da indústria da construção com suas respectivas áreas de atendimento e relacionamento na Caixa Econômica Federal. O objetivo era estabelecer um diálogo restrito e personalizado com aqueles que definem as estratégias operacionais do banco.
O resultado desse trabalho foi apresentado na terça-feira (2), durante o “Plantão CBIC”. Na reunião virtual, representantes do banco anunciaram uma série de novidades para contratação de empreendimentos. As medidas anunciadas incluem aprovação de limite de crédito em substituição à aprovação por operação, além de um novo modelo de avaliação de risco e possibilidade de financiamento de até 100% do custo da obra a executar, entre outros.
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o setor conseguiu algo inédito, que irá melhorar ainda mais as condições de crédito e permitir melhores resultados para as empresas. “Durante a pandemia, a Caixa não retrocedeu. A CBIC fez a voz do setor da construção chegar até o banco, eles nos escutaram e atenderam a maior parte das demandas que levamos. É um dia muito importante para o setor da construção”, disse.
Neste sentido, o presidente da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC, Carlos Henrique Passos, reforçou que “o diálogo tem sido permanente para reportar as necessidades das empresas e a Caixa sempre esteve aberta e aos poucos esse processo vem melhorando”.
“Há 10 meses se iniciava a pandemia e o que fizemos até agora foi algo fora do normal. Com essas novidades, vamos ter um avanço ainda maior, o que é bom para o empresariado e para a Caixa”, frisou o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, Celso Petrucci.
Durante a reunião virtual, o diretor Executivo da Caixa, Rodrigo Souza Wermelinger, também destacou o bom desempenho da instituição em 2020, com R$ 53,7 bilhões em contratações pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), além de ressaltar a importância do grupo CBIC/Caixa e das iniciativas da entidade, como o ‘Quintas da CBIC’ e o ‘Plantão CBIC’.
Sobre as medidas apresentadas, Rodrigo Wermelinger ressaltou que se trata de mais um pacote de melhorias para o Apoio à Produção/Plano Empresário Caixa (PEC) em linha com a operação das pequenas e médias empresas. Confira, a seguir:
- Novo modelo de avaliação de risco até R$ 150 milhões: de 12 para 1 dia útil – A partir de agora, as empresas terão um ganho excepcional no prazo de avaliação que cai de 12 para 1 dia. Pelo novo modelo de avaliação de risco da Caixa para as empresas de construção civil com faturamento até R$ 150 milhões, o gerente já insere as informações, processa e libera no momento em que concluir a avaliação. “A expectativa com esse modelo é ter uma resposta mais aderente”, menciona o superintendente Nacional da Caixa, Gustavo Sena.
- Incorporadora Fácil: análise diferenciada para pequenos projetos – A partir de 15/02: “Simplificará de 7 até 10 dias a análise técnica e a documentação para projetos de pequeno porte, com até 60 unidades habitacionais para o empreendimento, gerando qualidade na contratação”, afirma a superintendente Nacional da Caixa, Angélica Djenane Philippe Correa.
- Aprovação de limite de crédito, substituindo a aprovação por operação – A partir de 08/03: Aprovação de um limite máximo de exposição em operações, para empresas com faturamento superior a R$ 30 milhões, sem necessidade de deliberação de forma individual.
- Nível de Desempenho Técnico (NDT): clientes qualificados, ritos diferenciados – A partir de 10/03: Rating Técnico – As empresas serão avaliadas conforme sua expertise e performance técnica, com ritos de avaliação e acompanhamento de obras diferenciadas para os clientes com maior qualificação.
- Viabilidade prévia de engenharia: agilidade na tramitação da proposta – A partir de 15/03: A Manifestação de Viabilidade Prévia de Engenharia (MVP) – A viabilidade prévia do empreendimento e reorganização da esteira de contratação, com avaliações em paralelo e assinatura de memorando. Viáveis as análises e firmada a intenção de contratação é realizada a análise de engenharia completa.
- Possibilidade de suplementação de recursos para o projeto – A partir de 26/03: Possibilidade de suplementar o valor do financiamento em função do aumento de custos, como os de materiais de construção.
- Registro de contrato anterior à demanda mínima (repasses PF)
- Financiamento de até 100% do custo de obra a executar
Também participaram da reunião, detalhando as medidas:
- Alexandre Martins Cordeiro, superintendente Nacional da Caixa
- Marlon de Oliveira Machado, superintendente Nacional da Caixa
Os assuntos a serem tratados têm interface com o projeto ‘Melhorias no Mercado Imobiliário’ da CHIS e CII da CBIC, com correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Fonte: Agência CBIC
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