Um novo setor altamente competitivo surge nos céus de São Paulo. Várias empresas agora oferecem serviços com drones (aviões não tripulados) para clientes dos mais diversos tipos. Entre eles, estão agências de publicidade, seguradoras, empresas de construção civil e pessoas físicas que querem imagens aéreas de eventos como aniversários e casamentos. No interior, é forte ainda o uso por agricultores que querem monitorar grandes áreas de plantação. Um exemplo: a empresa DroneSP fez, para uma seguradora, uma vistoria na cobertura do Itaquerão antes da abertura da Copa, serviço que anteriormente exigiria o deslocamento físico de uma equipe até o local, com todas as preocupações de segurança e limitações de acesso. No mercado imobiliário, eles servem para avaliar terrenos, para acompanhar as obras e para mostrar ao comprador, antes da construção do prédio, como será a vista de determinado andar. A diária de um drone pode custar de R$ 1.500, com equipamentos mais simples e em empresas mais baratas, a cerca de R$ 6 mil. Há equipamentos, hoje, que pesam menos de 2 kg. Eles vão a até cerca de 150 metros de altura. "O drone fica entre o helicóptero e a grua", diz Regis Mendonça, sócio da empresa idrone.tv, uma das mais antigas do mercado (atua desde 2010) e que trabalha principalmente com publicidade. "Geralmente, somos contratados por produtoras. De um ano e meio para cá houve um boom, parece que todos querem trabalhar com isso. E cresceu bastante também o número de empresas no setor." O recurso também tem sido utilizado no jornalismo. No ano passado, a Folha de S. Paulo usou um drone para filmar protestos. Entre as limitações está a baixa autonomia de voo. Um drone consegue voar entre 5 e 15 minutos, dependendo do seu tamanho e do tipo de equipamento de filmagem acoplado a ele. Além disso, não há regulamentação sobre o uso dos drones no País. A Anac promete editar regras até o fim do ano, limitando o voo sobre pessoas - para evitar acidentes - e o voo não autorizado sobre bens de terceiros. Na semana passada, por exemplo, um drone desconhecido sobrevoou um treino fechado da seleção da França, em Ribeirão Preto, fazendo o treinador do time reclamar de espionagem. "Ainda há muito a evoluir. A gente ouve falar em drones entregando pizza. Isso é muito distante... Talvez em dez anos. Hoje, não passa de publicidade", diz Regis Mendonça. (Fonte: Folha de S. Paulo/Ricardo Mioto, de São Paulo)
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