Apesar dos cerca de 70 mil imóveis devolvidos ao governo e do elevado percentual de obras paralisadas, o programa Minha Casa Minha Vida será mantido pelo governo, que planeja torná-lo mais democrático e acessível ao mercado de construção civil sem que esteja concentrado em poucas empresas do setor. Quem garante é o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Duarte Guimarães, que falou aos empresários do setor no Painel Geral ‘A Indústria da Construção e sua contribuição ao novo momento econômico brasileiro’, que integrou a 91ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).
Guimarães contou que durante as viagens que vem fazendo pelo Brasil, com o programa ‘Caixa Mais Brasil’, pôde perceber a importância do Minha Casa Minha Vida para a população e para a indústria da construção. “Viajando é que fui entendendo o poder de alcance do programa de baixa renda. Não há chance de ser interrompido”, sinalizou.
Ao presidente da CBIC, José Carlos Martins, Guimarães garantiu que nada será feito no Minha Casa Minha Vida sem que o setor de construção seja ouvido. Ele reconheceu que a área de Habitação da Caixa tinha um diálogo difícil com o mercado e, mesmo internamente, com outras áreas do banco estatal. “Quero entender mais. Ouvir mais sobre quais são os problemas e de como vamos entrar na questão do subsídio para o mercado. Vi isso no Minha Casa Minha Vida”, afirmou.
Guimarães anunciou que a Caixa lançará em larga escala um programa de capital de giro, que aquecerá o mercado com cerca de 3,4 bilhões de reais. Não mencionou, entretanto, quando será lançado, mas frisou que este capital de giro será essencial para o setor de construção civil, que poderá contar com uma verba suplementar que poderá ajudá-la a iniciar 10% de uma obra ou mesmo concluí-la. O presidente da Caixa confirmou que fará reuniões com empresários do setor pelo país para discutir o Minha Casa Minha Vida e toda pauta de interesse do mercado de construção.
O presidente da Caixa quer reduzir o cronograma de obras no Minha Casa Minha Vida. “Por sermos o gestor da obra, estávamos sofrendo com isso, mas resolvendo. Tinha obra no Minha Casa Minha Vida que demorava mais de seis anos para ser concluída. Isso não existe”, queixou-se. “Ver 70 mil imóveis devolvidos me assustou muito. Mas hoje estou tranquilo porque conseguimos diferenciar o que funciona e o que não funciona. Temos que ouvir e entender mais o setor”, concluiu.
Promovido pela CBIC, o 91º ENIC é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e contou com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).
Fonte: Agência CBIC
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