A inflação voltou como há muito tempo não vivenciávamos no Brasil, como consequência de diversos fatores, como o desequilíbrio entre consumo e produção industrial em decorrência da pandemia, alta do preço das commodities, desvalorização cambial da nossa moeda e, por fim, a alta dos combustíveis em função da guerra entre Rússia e Ucrânia. O período eleitoral também dará maior volatilidade aos ativos do mercado financeiro. Neste cenário, cautela é a palavra de ordem para os investimentos.
Aqueles que possuem a experiência e sabedoria por terem vivenciados os períodos de hiperinflação sabem que a melhor forma de preservar o patrimônio e obter ganhos reais, nesses momentos, é por meio do investimento em imóveis.
Nos últimos 24 meses, o Brasil viveu a maior inflação do custo de construção dos últimos 50 anos, o que impactou diretamente no custo de produção de imóveis novos. Pesquisa da Brain Inteligência Estratégica para a Ademi-GO apontou que os imóveis novos em Goiânia e Aparecida de Goiânia valorizaram até 30% em 2021. E sempre que isso acontece, o preço dos imóveis usados segue a mesma tendência. É o que comprova o índice FipeZap, que acompanha a valorização dos imóveis vendidos por terceiros: alta de 22% no preço em Goiânia nos últimos 12 meses. Portanto, quem investiu em imóveis nos últimos anos tem muito o que comemorar.
Apesar dessa valorização, os imóveis em Goiânia continuam com preços baixos se comparados a outras cidades. São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, praticam preços acima de R$ 20.000 o m2. Em Brasília, o preço do m2 é de R$ 16.000. Em Goiânia, os preços nos bairros mais nobres, como Marista, Bueno, Oeste e Jardim Goiás, variam de R$ 8.000 a R$ 10.000 o m2. Nestes locais, apartamentos em frente a parques e praças, que são os mais valorizados, estão atualmente em torno de R$ 12.000 o m2. Para quem quer uma alternativa com melhor custo/benefício, existem opções em bairros consolidados e com excelente infraestrutura de lazer e serviços, como Jardim América, Bela Vista, Aeroporto, Pedro Ludovico e Centro, nos quais os preços variam, na média, de R$ 7.000 a 7.500 o m2.
Perspectiva é que essa alta no preço dos imóveis continuará nos próximos meses, uma vez que o custo de construção continua aumentando significativamente, tanto em função da alta no preço dos materiais, em função do aumento no preço dos combustíveis, como do aumento no custo da mão de obra, uma vez que cresceu significativamente o volume de obras nos últimos 4 anos. Com isso, o dissídio da construção civil foi de 12% em abril deste ano, será repassado ao custo de construção e os preços dos imóveis vão subir mais.
É importante lembrar que o novo Plano Diretor, que entrará em vigor no dia 1 de setembro deste ano, restringiu o adensamento na cidade. Avaliamos como muito bom pra cidade. Porém, a médio/longo prazos, isso tenderá a valorizar os imóveis nesses bairros de melhor infraestrutura da cidade.
Por isso neste de inflação alta e instabilidade no cenário político e econômico, o investimento em imóvel continua sendo uma excelente estratégia para a proteção do seu patrimônio e obtenção de ganhos reais.
Fernando Coe Razuk
Presidente da Ademi-GO