- Por que acontece o aumento da taxa Selic?
A taxa Selic é uma ferramenta utilizada pelo Governo Federal, em sua política pública, para controlar a desvalorização da moeda nacional e, como consequência, o processo inflacionário. Quando esse processo acentua, uma das primeiras medidas da política econômica nacional é o aumento da taxa Selic. É um remédio amargo que, dentre outras consequências, impõe aos brasileiros a redução do consumo.
- Qual impacto da taxa Selic num financiamento imobiliário?
Ela não irá impedir que o investimento em imóveis possa ser feito agora. Importante lembrar que o crédito imobiliário é proveniente do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e FGTS, ou seja, a captação do recurso pelos bancos se dá por meio da caderneta de poupança ou pelos recursos do FGTS, o que os proporciona a possibilidade de financiar com crédito barato, mesmo em momentos de Selic alta. Enquanto a taxa Selic saiu de 2% para mais de 13% ao ano, os juros do financiamento imobiliário de apartamentos de médio e alto padrão saiu de algo em torno de 7% para 9% ao ano. Ou seja, os juros continuam baratos. Abaixo um gráfico para demonstrar o descolamento da taxa de financiamento imobiliário da taxa Selic.
- gráfico explicativo abaixo
- Quem faz o financiamento imobiliário, a incorporadora ou o banco?
Os bancos. As incorporadoras parcelam até a entrega das chaves, a partir daí é preciso buscar crédito/financiamento nos bancos. Atualmente, os agentes financeiros que também financiam as obras dos imóveis adquiridos na planta e que serão, futuramente, financiados junto às instituições financeiras, iniciam o processo de financiamento antes da obra ter o Habite-se averbado à matrícula da construção, com cerca de 90% de evolução de obra. Essa antecipação é mais uma evolução no processo de financiamento imobiliário, que traz grandes vantagens para o adquirente, como por exemplo: desligamento antecipado, formalização de um contrato de financiamento com taxa mais atrativa, aumento no ganho da valorização do bem adquirido, dentre outros.
- Como a alta da taxa Selic pode impactar no meu financiamento?
Em relação aos financiamentos já contraídos, o impacto da taxa Selic no financiamento imobiliário é nulo, uma vez com o contrato, qualquer variação para mais não pode modificar o contrato já assinado. Já em relação aos contratos a serem firmados, o impacto é muito pouco, uma vez que os recursos captados para os financiamentos imobiliários são provenientes do SBPE e FGTS.
- Tenho como mudar o meu financiamento para pagar menos?
Sim. Esse procedimento é denominado de portabilidade e é bastante simples. Basta comparecer ao banco onde contratou o financiamento, com um orçamento de outro agente financeiro, com taxas mais atrativas, que o banco financiante providenciará a portabilidade ou a renegociação do seu financiamento com as taxas apresentadas, reduzindo assim a parcela do seu financiamento. Importante: esse processo somente é admitido para contratos firmados pelo sistema SFH e, quando há a migração de uma instituição financeira para outra, deverá observar as taxas cartorárias para o registro do novo contrato de financiamento, que será por conta do cliente.
- Com o aumento da taxa Selic há restrição do crédito imobiliário por parte dos agentes financeiros?
Todas as instituições financeiras que ofertam o financiamento imobiliário regulamentado pelo SFH estão com bastante crédito para fomentar essa modalidade de financiamento. Alguns deles, como a Caixa Econômica, por exemplo, possui inclusive uma linha especial, com as menores taxas de juros de sua carteira, para a modalidade de financiamento imobiliário, para todos os agentes da segurança pública, quer seja, Federal, Estadual ou Municipal. Portanto, inexiste a restrição de crédito para o fomento do financiamento imobiliário. A restrição pode acontecer pela incapacidade financeira do cliente, que terá o seu cadastro avaliado pelo banco para a concessão ou não do crédito.
- Mesmo com o aumento da taxa Selic adquirir imóvel na planta é um bom negócio?
Sim. O adquirente que investe nessa modalidade tem algumas vantagens.
- a) Valorização do bem adquirido acima da inflação, ou seja, melhor do que todas as aplicações conservadoras;
- b) Aquisição de um imóvel com preço mais atrativo;
- c) Facilidade no pagamento durante a construção;
- d) Pagamento entre 35% e 50% do preço do imóvel durante a construção;
- e) Valorização do bem, ao longo da construção (não raras as vezes de ocorrer a valorização de quase 100% do bem adquirido);
- f) Financiamento do saldo residual relativamente baixo, em relação ao valor do bem.
- Qual a previsão da evolução da Taxa Selic para os próximos anos?
Segundo o Banco Central do Brasil a previsão é de estabilidade, seguida de queda, após o segundo semestre de 2023. Tendência que se alicerça no crescimento da economia e com a redução da taxa de desemprego.
- Se eu adquirir um imóvel na planta hoje, quando eu receber aas chaves como será o cenário da taxa de juros para o financiamento imobiliário?
Levando em consideração que o imóvel adquirido hoje, de um empreendimento recém-lançado, em que o mesmo deverá ser entregue após, em média, 36 (trinta e seis) meses, a perspectiva é de um cenário de redução da taxa Selic, com a possibilidade de redução da taxa do financiamento imobiliário. Financiamento este que o cliente deve contrair diretamente das instituições financeiras.
- Quais as desvantagens de se adquirir um imóvel na planta?
Bom, essa situação somente ocorrerá se o cliente adquirir um imóvel na planta de empresa que não segue as regras da lei de Incorporações, ou seja, se o imóvel que for adquirido na planta não tiver sido incorporado e registrado no registro de imóveis da sua circunscrição. Esse procedimento é uma exigência legal e, com ele, o adquirente estará juridicamente resguardado. Para saber mais sobre os cuidados e informações importantes para a compra de imóvel na planta, acesse: www.ademigo.com.br