Não há o risco de um ?apagão? generalizado de mão de obra de engenharia no Brasil, ainda que se reconheçam alguns sinais de pressões de curto prazo no mercado de trabalho. Esta é a conclusão de um dos artigos que nortearam o debate sobre escassez de engenheiros no Brasil, promovido ontem, em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O texto indica que, em termos quantitativos, estas pressões tendem a ser resolvidas com a ampliação da oferta de novos engenheiros, uma vez que os cursos da área voltaram a atrair os alunos. O artigo aponta quatro dimensões que podem explicar a percepção de escassez de mão de obra em engenharia: a qualidade dos engenheiros formados, uma vez que a evolução na quantidade não foi acompanhada pela mesma evolução na qualidade; o hiato geracional, o que dificulta a contratação de profissionais experientes para liderar projetos e obras; os déficits em competências específicas; e, os déficits em regiões localizadas. A expectativa é de que, até 2020, o número de engenheiros requeridos pelo mercado de trabalho formal, a depender do cenário econômico, atinja entre 600 mil e 1,15 milhão de profissionais. Isto demonstraria a importância do crescimento econômico sustentado sobre a configuração de longo prazo do mercado de trabalho. (Fonte: O Popular)
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