INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CAI PELO 4º MÊS CONSECUTIVO

O nível de atividade da construção civil caiu pelo quarto mês consecutivo em março, de acordo com a Sondagem da Indústria da Construção Civil divulgada na sexta-feira, 25,  pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador relativo à atividade no setor marcou 47 pontos em março. Na pesquisa, os resultados variam de zero a 100 pontos, sendo que resultados abaixo dos 50 pontos indicam retração da atividade em relação ao mês anterior.  O ritmo de queda na atividade, contudo, desacelerou, já que esse índice foi de 46,3 pontos em fevereiro. Em março de 2013, o indicador foi de 48,9 pontos. ?A situação da indústria da construção se mantém desfavorável?, afirma a CNI, em nota. Esse desempenho se reflete no número de empregados, cujo indicador também ficou abaixo da linha dos 50, em 46,6 pontos em março. A diminuição foi semelhante à apurada em fevereiro, quando o indicador foi de 46,5 pontos. Em março de 2013, esse índice era de 48 pontos. Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) terminou março em 69%, mesmo resultado apurado em fevereiro deste ano e ligeiramente abaixo dos 70% registrados em março de 2013. O índice de atividade em relação ao usual para o mês foi de 43,5 pontos em março deste ano, ante 44,9 pontos em fevereiro. Já em março de 2013, esse indicador foi de 45,2 pontos. O otimismo na indústria da construção acompanhou a queda da produção no setor e se reduziu, pelo quarto mês consecutivo, em abril ante março. O indicador de expectativa de evolução da atividade passou de 55,3 pontos em março para 54 pontos em abril. No quarto mês de 2013, estava em 59,2 pontos. Nesta pesquisa, resultados acima de 50 pontos indicam otimismo. Dessa forma, os empresários do setor continuam com expectativa positiva para os próximos seis meses, mas em menor medida do que em março. O indicador de novos empreendimentos e serviços, por sua vez, passou de 55 pontos em março para 53,7 pontos em abril deste ano. Em abril de 2013, ele era de 59,2 pontos. Já o índice de compras de matérias-primas e insumos foi de 54,2 pontos em abril, ante 54,1 pontos em março. Esse foi o único indicador que apresentou melhora. Já em abril de 2013, o índice foi de 57,5 pontos. Os empresários também estão menos otimistas para os próximos seis meses em relação ao número de empregados. O indicador foi de 52,7 pontos em abril ante 54,1 pontos em março. Já em abril de 2013, ele foi de 57,4 pontos. A situação financeira das empresas do setor de construção civil - assim como acesso a crédito e custo de matérias-primas - piorou no primeiro trimestre deste ano, segundo a CNI. O indicador que mede a situação financeira do setor passou de 49,8 pontos nos últimos três meses de 2013 para 45,7 pontos no início deste ano. Já o indicador de margem de lucro operacional saiu de 46,6 pontos entre outubro e dezembro deste ano para 41,6 pontos no primeiro trimestre de 2014. Por outro lado, o indicador de custo de matérias-primas subiu de 60,7 pontos no último trimestre de 2013 para 62,2 pontos nos três primeiros meses de 2014. O acesso ao crédito também ficou mais difícil neste início de 2014. O indicador chegou a 40,8 pontos nos três primeiros meses deste ano, ante 41,9 pontos no fim de 2013. Esse é um reflexo direto da menor atividade no setor, avaliou a CNI. ?Os indicadores mostram insatisfação dos empresários com a situação financeira e com a margem de lucro no primeiro trimestre, sendo a pior avaliação desses quesitos desde o início da série (dezembro de 2009)?, informou, em nota, a entidade patronal. (Fonte: Valor Econômico)

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