INADIMPLÊNCIA RECUA PARA MENOR NÍVEL EM CINCO ANOS

Depois do boom de inadimplência do consumidor em 2012, este ano deverá fechar com a menor marca do calote em cinco anos, algo inédito. Em novembro, a taxa de inadimplência líquida e acumulada em 12 meses foi de 5%,   o menor resultado da série iniciada em janeiro de 2009, aponta um estudo do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), feito pelo economista Emílio Alfieri. "Para este mês, a perspectiva é que o índice de inadimplência fique abaixo de 5%", prevê. Desde 2009, o resultado mensal da inadimplência nunca tinha ficado abaixo de 5%. Entre os vários índices de calote apurados no varejo, a inadimplência líquida é a medida mais exata, pois ela considera o saldo entre os títulos com pagamento atrasado acima de 30 dias e os renegociados no mês atual, em relação às vendas de três meses anteriores.

Só na primeira quinzena deste mês houve um recuo de 5,9% na inadimplência do consumidor em relação a igual período de 2012 e os carnês renegociados diminuíram 1,2%, nas mesmas bases de comparação. "A queda na inadimplência é altamente positiva", observa o superintendente do IEGV, Mareei Solimeo. Ele explica que esse resultado reflete as inúmeras campanhas de renegociação de dívidas realizadas ao longo do ano e o fato de o consumidor ter ficado mais cauteloso, reduzindo a demanda e se endividando menos com compras no varejo, apesar do avanço no crédito imobiliário. Mas, nesse caso, assim como no crédito consignado, o economista ressalta que os índices de inadimplência são muito baixos nessas linhas. Apesar do cenário de vendas moderadas para o Natal e 2014, com o varejo crescendo a uma taxa que é a metade da registrada em anos recentes, Solimeo lembra que existem riscos advindos de programas do governo de incentivo ao consumo como o "Minha Casa Melhor", no qual o consumidor pode equipar a casa com taxas de juros reduzidas e prazos mais longos. (Fonte: O Estado de S. Paulo)

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