IMÓVEL SEGUE EM ALTA, MAS HÁ VARIAÇÕES REGIONAIS

Pelo terceiro ano, a revista Exame, da Editora Abril, está apresentando, esta semana,  os resultados do que a publicação chama de a ?mais completa pesquisa imobiliária do País?. Conduzida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pesquisa analisou o mercado imobiliário de 82 ?das mais importantes cidades brasileiras?. Juntas, elas respondem por 35% da população e metade do PIB do País. O levantamento mostra que o preço dos imóveis continua subindo no Brasil: a valorização média foi de 12% em 2013, mesmo percentual do ano anterior. Aparentemente ? diz a revista -, nada mudou. ?Mas uma análise mais aprofundada dos dados indica que há importantes diferenças regionais. Os preços aumentaram em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis e Goiânia, mas caíram em cidades do Nordeste e no Distrito Federal?.  Exame destaca que o preço dos imóveis passou a acompanhar mais de perto a evolução da renda e do nível de emprego, que variam de cidade para cidade. E registra, comparativamente: ?Nos Estados Unidos, durante mais de um século, de 1890 a 1998, o valor de casas e apartamentos aumentou apenas 10% em termos reais. O descontrole começou a partir dali, quando o volume de financiamentos passou a crescer de forma acelerada, com juros baixíssimos e condições de pagamento camaradas. Em apenas uma década, a alta foi de 80%, já descontada a inflação. No Brasil, os preços dobraram em termos reais num espaço de tempo menor, de apenas seis anos, de 2008 a 2014. A diferença é que, nos Estados Unidos, havia mais especuladores apostando que os preços continuariam em alta do que gente efetivamente procurando uma casa para morar, enquanto aqui o grosso da demanda vem de compradores que pretendem, de fato, viver no imóvel. Como há menos disponibilidade de crédito e os juros são elevados, há menos especulação imobiliária, o que faz com que o risco de o Brasil viver uma bolha como a americana seja baixo. Mas a chance de os preços caírem, e em mais lugares, aumentou. Em termos absolutos, os imóveis no Brasil ainda são relativamente baratos numa comparação internacional?. O preço dos imóveis usados continua subindo menos do que a inflação no Distrito Federal. A situação é diferente em outras cidades do Centro-Oeste. Em Goiânia, os preços subiram até 17% no ano passado, devido, principalmente, à entrega de condomínios de alto padrão. Como o PIB e a renda vêm crescendo acima da média brasileira, há pessoas com cacife para comprar imóveis mais caros, segundo os corretores. Em 2013, foram vendidos imóveis novos por R$ 8 mil reais o metro quadrado, quase o triplo do valor médio observado na cidade. (A revista insere tabela de preço médio do metro quadrado do imóvel usado na sua variação de localização para localização, partindo da faixa de R$ 1,5 mil a R$ 1,9 mil em bairros como Urias Magalhães e Solange Parque, a R$ 4,3 a R$ 5,2 mil em bairros como Jardim Goiás, Nova Suíça e Marista; para imóveis novos, as faixas são apresentadas entre R$ 2 mil a R$ 2,5 mil o metro quadrado em setores como o Jardim Bela Vista, Faiçalville e Vila Monticelli, a R$ 5 mil a R$ 5,5 mil nos setores Bueno, Central e Marista). A pesquisa aponta para o preço médio do metro quadrado em Goiânia em R$ 3.351,00, com alta de 17,3% em 12 meses.

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