O sistema de drenagem nos bairros centrais de Goiânia, onde são registrados os maiores problemas quando há chuvas fortes como a da última quinta-feira, precisa ser redimensionado. Isso significa substituir a rede atual ? que em alguns pontos, como os setores Central e Oeste, é formada por tubos de 30 centímetros de diâmetro ? por canais subterrâneos fechados, galerias retangulares com capacidade maior e mais eficiente. O alerta é dos especialistas em drenagem urbana e meio ambiente, ao opinarem sobre propostas de soluções para a cidade, que sofre com o alto índice de impermeabilização do solo. A água da chuva, não encontrando pontos para infiltração, escorre superficialmente, com força e velocidade, arrastando consigo o que estiver no caminho: lixo, que vai parar nas bocas de lobo e, quando não as entope, segue para as galerias e, de lá, para os cursos d?água. ?Mais cedo ou mais tarde, o problema iria aparecer. Apareceu agora?, constata o engenheiro civil Jonício Alves de Almeida, servidor da Secretaria Municipal de Obras. ?As redes de drenagem são subdimensionadas, foram projetadas quando a cidade era pequena e hoje são insuficientes. Elas têm de ser refeitas?, observa de sua parte o engenheiro ambiental Antônio Pasqualetto, coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial da PUC-GO e professor do IFG. Ele acrescenta que há bairros centrais, como o Setor Bela Vista, que foram construídos e asfaltados sem a rede de drenagem. É justamente nos bairros centrais, onde as redes de drenagem são antigas e insuficientes, que ocorrem os alagamentos. Sem ter onde infiltrar e sem obstáculos naturais, a água arrasta carros e até pessoas, como o casal que desapareceu no Córrego Botafogo na noite de quinta-feira, levado pelas águas enquanto passava por um ponte estreita. Entre os setores mais problemáticos estão o Centro, Sul, Oeste, Campinas, Bueno, Jardim América e Pedro Ludovico, todos surgidos na época da fundação da Capital. (Fonte: O Popular)
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