VENDA DE APARTAMENTOS DE LUXO EM GOIÂNIA SOFRE MENOS COM A CRISE ECONÔMICA, DIZ ADEMI

A crise econômica do país tem afetado a maioria dos setores, principalmente o mercado de imóveis. No entanto, segundo a Associação das Empresas de Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), a venda de apartamentos de luxo em Goiânia é a que menos sentiu impactos da recessão e tem comemorado bons resultados. De acordo com Fernando Razuk, vice-presidente da Ademi, as construtoras têm feito bons negócios em empreendimentos cujas unidades custam mais de R$ 1 milhão. “Nesta crise, este tipo de imóvel sofreu menos em relação às vendas. Tivemos prédios lançados no início do ano que já estão com 70% vendidos. É um público que continua capitalizado”, disse ao G1. Segundo dados da associação, a as empresas também tem ampliado o público-alvo. O vice-presidente afirma que jovens de classe média alta estão, cada vez mais, adquirindo este tipo de imóvel. “Até uns dez anos atrás, quando a gente falava deste tipo de imóvel, a gente falava de pessoas com mais de 50 anos. Agora, como Goiânia tem uma população jovem de classe média alta grande, é comum você ver pessoas a partir de 30 anos, ou até menos, comprando estes apartamentos”, revelou. Outra peculiaridade revelada pela Ademi está associada à motivação da compra. Conforme o vice-presidente da associação, o número de pessoas que estão migrando dos condomínios horizontais para os apartamentos de luxo em bairros melhores localizados já é grande. “Antes tínhamos as pessoas vendendo os apartamentos para se mudarem para os condomínios. Hoje, já acontece o inverso. Por conta do trânsito, distância e outros fatores, estas pessoas estão voltando para os apartamentos, procurando exatamente por esta categoria de empreendimento”, afirmou. Perfil O engenheiro Mário Valois, diretor da Dinâmica Engenharia, revelou ao G1 o perfil dos compradores das unidades de um dos empreendimentos de luxo da construtora, que será entregue aos moradores no final deste ano. Cada uma das unidades custa, em média R$ 1,5 milhões, a variar pela metragem e opções de modificação do cliente. De acordo com ele, a maioria dos compradores dos apartamentos é composta por pessoas com mais de 50 anos de idade. Ele afirma que, apesar do público ser de alto poder aquisitivo, elas demoram mais para fechar negócio. “É um público que faz negócios seguros, com convicção. Isso às vezes demora um pouco mais. Por conta deste motivo, a flexibilização para atender a estas pessoas também é maior da nossa parte. Temos que oferecer um atendimento diferenciado e, principalmente, trabalhar na personalização do imóvel para que ele seja entregue de forma exclusiva ao comprador”, explicou. Compradores de apartamentos de mais de R$ 1,5 milhão: Idade Acima de 60 anos – 31 % Entre 51 e 60 anos – 26 % Entre 41 e 50 anos – 15 % Abaixo de 40 anos – 26 % Profissão Médico – 28 % Empresário – 28 % Advogado – 19 % Engenheiro Civil – 4 % Outros – 23 % Valois explicou que os compradores adaptam à planta do imóvel de acordo com as suas necessidades, e que uma equipe de engenheiros e arquitetos são disponibilizadas para este atendimento. Ele afirma que o preço é abatido, por exemplo, quando o cliente resolve trocar alguma peça ou material da obra. “Por exemplo, a pedra da cozinha é uma, mas o cliente quer outra. A gente faz o orçamento e faz o abatimento, se for mais cara, descontamos o preço da que já é utilizada no projeto. Este público é exigente, e neste empreendimento estamos motivados a ter 100% de aprovação, sem ser necessário fazer nenhum ajuste após a entrega”, afirmou. (Matéria publicada pelo G1 Goiás)

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