VALOR DO METRO QUADRADO TENDE A SUBIR EM GOIÂNIA

O momento pode ser bom para quem pretende comprar um imóvel, pois Goiânia ainda possui um dos metros quadrados mostra que já houve uma valorização de 1,5% no valor do metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, em relação ao preço médio do ano passado. Mas isso pode mudar em breve. Com a redução dos terrenos disponíveis para construção na cidade, o reaquecimento do mercado imobiliário e a maior agregação de valor aos imóveis, a expectativa é de uma valorização dos preços nos próximos anos.

A pesquisa sobre o mercado imobiliário, divulgada trimestralmente pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), mostra que já houve uma valorização de 1,5% no valor do metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, em relação ao preço médio do ano passado. No último mês de março, o valor médio ficou em R$ 5.276, contra R$ R$ 5.172 em 2018, de acordo com a Ademi-GO, bem abaixo de valores identificados pela Fipe no Rio de Janeiro (R$ 9.474), São Paulo (R$ 8.880) e no Distrito Federal (R$ 7.169).

Muitas cidades com mais de um milhão de habitantes não têm o metro quadrado tão barato quanto Goiânia”, afirma o sócio diretor da City Soluções Urbanas, João Gabriel Tomé. Ele lembra que o valor do metro quadrado na capital apenas parou de subir durante a crise econômica, enquanto outras localidades tiveram queda dos preços no mercado imobiliário. Caso se confirme a esperada recuperação da economia, a expectativa é que os preços locais se equiparem mais aos de outras regiões. “Desde o ano passado, as vendas aumentaram e o valor já começou a subir”, destaca João Gabriel.

Plano Diretor

Adriano Carrijo, proprietário da Partini Negócios Imobiliários, lembra que o preço do metro quadrado na capital não teve um ganho muito expressivo no boom do mercado imobiliário, apenas uma liquidez maior nos empreendimentos. “Mas também não tivemos queda, como ocorreu no resto do País, durante a crise”, observa. Atualmente, com as restrições impostas pelo Plano Diretor, que deixam os terrenos mais restritos e caros, e os empreendimentos sendo entregues com mais itens de lazer e conforto, a tendência é de que os preços aumentem. “A hora de comprar é agora porque não temos dúvida de que vai melhorar numa velocidade maior que nos últimos anos”, prevê o empresário.

O diretor comercial da Opus Incorporadora, Rogério Bastos, diz que Goiânia é um mercado relativamente novo, comparado com outras capitais. Ele explica que, por isso, a cidade ainda dispõe de oferta de áreas com um custo relativamente baixo em regiões de boa localização. “Este menor custo dos terrenos em relação a outras regiões ainda tem um impacto nos preços”, completa.

Para o vice-presidente da Ademi-GO, Fernando Razuk, além de ainda contar com alguma oferta de terrenos bem localizados, o mercado da capital também é beneficiado por uma mão de obra mais barata que em outras regiões do País, o que segura os preços. “Aqui, o mercado também é muito competitivo. Competição sempre força o preço para baixo”, destaca. Mas ele também concorda que este cenário deve mudar, à medida que os terrenos ficam mais escassos e os preços sobem.

Ter vista privilegiada custa bem mais

O preço do metro quadrado de um imóvel novo é definido por um conjunto de itens, que incluem a localização, infraestrutura e oferta de serviços na região e o padrão do empreendimento. Mas, hoje, também existem subitens que acabam pesando muito na escolha do comprador e, consequentemente, na valorização do imóvel. Um dos principais é a vista. Com o adensamento das regiões mais valorizadas, terrenos que ainda possibilitam uma vista bela e definitiva, ou seja, sem a possibilidade de futuras interferências, podem custar até 50% mais que outros de mesmo padrão.

Rogério Bastos, da Opus Incorporadora, ressalta que, além da localização, o preço também é definido pelas soluções da planta, que deve oferecer itens que tragam mais conforto, comodidade e segurança aos moradores, tanto nos apartamentos, quando nas áreas comuns. Atualmente, até mesmo empreendimentos com fachadas imponentes são mais valorizados. Mas um item está pesando muito nesta definição do preço: a vista que o morador terá de sua sacada. “Produtos de frente para bosques e parques têm um valor de metro quadrado muito maior que outros, mesmo próximos”, destaca.

Para Rogério, esta diferença pode chegar a 50%, pois estes imóveis se tornam verdadeiros objetos de desejo das pessoas. “Por estarem em terrenos mais valorizados, eles têm maior valor agregado e costumam oferecer tudo que uma casa em um condomínio fechado tem”, diz.

Ter uma vista definitiva significa que o morador não correrá o risco de ter futuros empreendimentos em frente ao seu. Segundo João Gabriel Tomé, da City Soluções Urbanas, isso é possível quando se mora em frente a um parque, bosque ou praça, por exemplo. “Além de uma bela vista, isso também garante mais privacidade e a comodidade de ter uma área de lazer a mais, em frente de sua casa.”

Fernando Razuk ressalta que ter uma vista assim, morando em frente a um parque e ainda em bairros mais desejados, como setores Marista e Bueno, pode garantir uma boa velocidade de vendas e uma maior valorização futura ao empreendimento.

Ele dá o exemplo de um empreendimento que sua empresa lançou na Rua 146, com vista denitiva para o Clube de Engenharia, onde o Plano Diretor não permite mais verticalização. “Apartamentos assim têm maior tendência de valorização porque terrenos como esse são cada vez mais escassos”, destaca.

Uma vista privilegiada motivou a empresária Ana Paula Araújo e seu marido, o médico Sérgio Marquez, a escolherem investir e morar num empreendimento em frente ao Parque Vaca Brava, no Setor Bueno. Segundo ela, a escolha também foi motivada pela localização, próxima a um shopping e supermercados, com a vantagem de morar em frente um parque, onde ela gosta de praticar atividade física diariamente. “É uma questão de qualidade de vida. Desço no elevador e já tenho acesso direto ao parque”, diz.

Fonte: Jornal O Popular

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