De acordo com o vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Emílio Kallas, no segmento imobiliário, apesar de as vendas terem caído 35% em 2014 na Capital paulista, para 21,6 mil unidades, a demanda ainda é intensa. Só na cidade de São Paulo gira em torno de 30 mil imóveis por ano e, considerando a região metropolitana também, sobe para 55 mil anuais. "Agora é a hora da oportunidade para as pequenas, já que muitas das grandes empreiteiras e incorporadoras estão sendo investigadas pela Operação Lava-Jato. É a hora de ganhar espaço delas, que têm grandes estoques, e lançar imóveis diferenciados." Estimativas do Departamento da Indústria da Construção da Fiesp, feitas com base na metodologia da Fundação João Pinheiro e em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e do Censo Demográfico de 2010, o déficit habitacional baixou de 6,941 milhões de moradias em 2010 par 6,067 milhões em 2013, o que indica que 873,4 mil famílias foram atendidas em 2010 e 2013, queda de 4,4% ao ano no período. "Basta colocar a mercadoria ao alcance do consumidor", diz Kallas. O grande problema, aponta o advogado especializado em Direito Imobiliário Rodrigo Bicalho, sócio do Bicalho e Molica Advogados, é o preço dos imóveis, que nos últimos anos, devido ao boom do mercado imobiliário, subiram muito. E, como aumentaram também os preços dos terrenos, dos insumos e das matérias-primas, as empresas não têm tanta margem para baixar os valores. "Claro que se os rumos da economia melhorarem, principalmente se o governo colocar fim ao ciclo de alta de juros, e recuar para um dígito, todo o cenário muda. Ainda, se houver a redução do tempo de aprovação, por exemplo, dos trâmites nas prefeituras e nos órgãos ambientais, dá para reduzir o valor na ponta e, assim, reaquecer o setor, pois não será necessário repor inflação de alguns anos no desembolso com o terreno, por exemplo." (Fonte: Brasil Econômico)
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