Flavio Amary, presidente do Sindicato da Habitação, elogiou o anúncio do Copom de cortar 0,75% da taxa Selic. Porém, o impacto da medida para o setor imobiliário é pequeno.
A redução de 0,75% da taxa Selic, de 13,75% para 13% ao ano, apesar de extremamente positiva para o País, não altera as condições atuais de produção imobiliária, que está desaquecida há dois anos consecutivos. “É muito positivo esse corte na taxa de juros, porque reafirma a preocupação do Banco Central em reativar a economia e estimular a geração de empregos. Mas, particularmente para o mercado imobiliário, a medida é insuficiente”, avalia o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.
A desaceleração da inflação e a queda dos juros são medidas necessárias, conforme Amary, mas ainda seguem isoladas para o setor. “Sozinhas, elas não funcionam para a indústria imobiliária, cuja atividade é de longo prazo e dependente do custo do crédito. Somente com dinheiro ‘barato’ os empresários conseguirão lançar novas unidades com segurança e em larga escala, e os compradores tomar empréstimo financeiro com confiança. Precisamos de um conjunto de propostas”, ressalta Amary.
No entanto, Amary acredita que, agora, com juros mais baixos, a Letra Imobiliária Garantida (LIG), alternativa de captação de crédito, poderá ser regulamentada e ter efetividade. “Teremos mais crédito disponível”, ressalta Amary.
Mesmo com juros baixos e inflação controlada, Amary ainda considera insuficientes as medidas anunciadas no final de 2016 pela presidência da República para atenuar a crise econômica, diminuir a burocracia, aumentar a produtividade e combater o desemprego no setor imobiliário.
O dirigente lembra que há o compromisso do governo em aperfeiçoar o cadastro positivo, criar um sistema único para quitar obrigações tributárias e trabalhistas das empresas, reduzir a multa adicional de 10% do FGTS nos casos de demissões sem justa causa e melhorar a remuneração dos trabalhadores que recolhem ao Fundo. “Porém, são medidas de longo prazo.”
Amary diz que, agora, o setor vai trabalhar para ampliar os itens da pauta de melhorias necessárias para o desenvolvimento do setor, como criar a faixa 4 do Programa Minha Casa, Minha Vida, diminuir a burocracia na análise de processos de licenciamento ambiental de empreendimentos e criar regras claras para os distratos. “Esperamos o avanço dos projetos de lei protocolados tanto na Câmara quanto no Senado que tratam desses temas e para os quais o Secovi-SP apresentou diversas sugestões”, conclui. (Fonte: Assessoria de Comunicação Secovi-SP)
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