Até o final deste mês, várias entidades civis e governamentais se engajam à Campanha Outubro Rosa, criada na década de 1990 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama e contribuir para a redução da mortalidade, principalmente das mulheres, já que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano, sendo a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para o ano de 2018, são estimados 59.700 casos novos, que representam uma taxa de incidência de 51,29 registros por 100.000 mulheres.
O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, sendo mais comum após os 35 anos e especialmente após os 50.
Conforme informações da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), 95% dos casos da doença têm chances de cura, se detectado no começo. Por isso, a prevenção, por meio da realização do autoexame, é ainda melhor forma de combate ao problema. E com o intuito de promover essa conscientização, o Seconci Goiás (Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás) se alia ao movimento e realiza uma série de palestras gratuitas para os trabalhadores da construção civil em Goiânia. A ação teve início no último dia 5 e prossegue até o dia 31 de outubro. Serão visitadas 12 obras e sedes administrativas de empresas associadas ao Seconci Goiás. Ao todo devem participar das palestras mais de 1.000 trabalhadores da construção.
O Seconci Goiás tem como propósito maior promover a saúde do trabalhador da indústria da construção e da sociedade. A campanha Outubro Rosa é uma iniciativa que reforça o valor da prevenção que tanto propagamos, afirma o Presidente da entidade, Célio Eustáquio.
“Falamos para os homens que se cuidem, já que o câncer de mama também acomete eles, embora a ocorrência da doença no público masculino seja rara, mas também para que eles sejam multiplicadores em sua família, pois certamente terão mulheres em seu círculo de convivência”, explica a enfermeira Nara Borges Ferreira, convidada pelo Seconci Goiás para levar o tema às empresas do setor da construção na capital.
Constrangimento
Especialista em obstetrícia, enfermagem do trabalho, saúde pública e estratégias de saúde da família, Nara diz que muitas pessoas ainda têm medo e vergonha de se tocarem para fazer o autoexame. “Durante minhas palestras percebo claramente que as pessoas se sentem constrangidas ao falar sobre a realização do toque nas mamas, falta autoconfiança principalmente nos homens, mas também em mulheres. Existe muito medo de um possível diagnóstico, do preconceito”, revela ao destacar a importância de se falar sobre o assunto abertamente durante o Outubro Rosa, mas também constantemente ao longo do ano. Para tratar deste assunto tão sério, Nara Borges e sua equipe adotam a estratégia do humor. Ela conta que durante suas palestras usa adereços e cria personagens para ensinar a forma correta de realizar o autoexame, inclusive para homens. “Precisamos nos tocar. Nosso lema nas palestras é: eu me amo, tenho família, quero viver”, conta Nara. Ela orienta que, em caso de diagnóstico positivo, o paciente deve procurar ajuda de um profissional médico. Em sua palestra a enfermeira também oferece informações sobre a incidência da doença, os principais sinais do problema, sobre a anatomia da mama e os fatores de risco. Fonte: AssessoriaPublicações relacionadas
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