RETOMADA NA CONSTRUÇÃO DEVE VIR APÓS O AJUSTE

Após um período de cres­cimento acelerado, benefi­ciada pela expansão do cré­dito e da renda e por progra­mas de investimento do go­verno, a construção civil enfrenta momento de retração. O PIB do setor cairá 5,5% neste ano, o pior desempe­nho desde 2003, estima a Fundação Getúlio Vargas. Juros altos e corte dos gas­tos públicos afetaram a de­manda por novos negócios. O panorama piorou com a fuga de recursos da poupan­ça, principal fonte de finan­ciamento para moradia. De janeiro a março, emprésti­mos com verba da poupan­ça tiveram a primeira queda nesse período em 13 anos. O setor é um dos que lide­ram as demissões no Brasil. Nos primeiros três meses deste ano, as construtoras cortaram 50 mil vagas. Em 12 meses, foram fechados 250 mil postos. “Chegamos ao fundo do poço”, afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da In­dústria da Construção. Para especialistas, a reto­mada só virá após a fase mais dura do ajuste fiscal e monetário. Para aliviar a si­tuação, o governo deve lan­çar nova etapa do Minha Ca­sa, Minha Vida e estuda me­didas para destravar os financiamentos habitacionais para consumidores das clas­ses média e alta. (Fonte: Folha de S. Paulo)

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