O Banco Central tem plena confiança na possibilidade de levar a inflação para o centro da meta de 4,5% no final do próximo ano, afirmou no último fim de semana o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, acrescentando que a postergação do objetivo poderia fazer a inflação atual ser ainda maior. As declarações foram dadas um dia após a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) vir a público, com o BC endurecendo o discurso após ter elevado a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, quinta alta consecutiva dessa magnitude, para 13,75% ao ano. O documento levou em conta dados anteriores à divulgação do IPCA de maio, na quarta-feira. O índice acelerou a alta a 0,74% na comparação mensal, bem acima do esperado pelo mercado, chegando a 8,47 % em 12 meses, maior taxa acumulada desde dezembro de 2003. A alta dos alimentos em maio — provocada pelas chuvas e que surpreendeu o mercado — levou a inflação do mês para uma aceleração atípica para o período, de 0,74%. Com o avanço, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos 12 meses chegou aos 8,47%, patamar que não era visto desde dezembro de 2003, quando atingira 9,3%, segundo a série do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para analistas, no entanto, o pior ainda está por vir. Embora os alimentos entrem em um período de desaceleração, podendo chegar à deflação, os reajustes anuais de energia elétrica se manterão firmes, chegando até os 15%, como em São Paulo, o que pode levar o IPCA nos 12 meses ao pico de 9%, já em julho. A saída será um maior aperto do Banco Central, com a Selic podendo chegar aos 14,5% até o fim do ano.(Fonte: Brasil Econômico)
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