MEIRELLES NÃO DESCARTA AUMENTO DE IMPOSTO PARA EVITAR O CONTINGENCIAMENTO

Ministro da Fazenda sinalizou que deve anunciar as medidas propostas de aumento de imposto para que esse contingenciamento seja menor Ministro Henrique Meirelles não descartou o anúncio de aumento de imposto na semana que vem, junto com a divulgação do aguardado contingenciamento que deverá ser divulgado na próxima quarta-feira (22/3). Nesse dia, o governo deve divulgar o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que necessariamente precisará conter os novos parâmetros macroeconômicos, com números mais realistas. O anterior prevê ainda alta de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), muito acima da previsão do mercado, de 0,5%. No entanto, técnicos do governo já trabalham com crescimento abaixo de 1%. “Não tem nenhuma decisão ainda se vai haver algum aumento de imposto”, disse o ministro. “O que vamos anunciar dia 22 é se haverá a necessidade de haver ou não aumento ou não de impostos. Agora, o que vai de fato numericamente ser anunciado se for necessário é o valor do contingenciamento”, afirmou. Ele sinalizou que, junto com o valor do corte, também serão anunciadas propostas de aumento de imposto para que esse contingenciamento seja menor. A equipe técnica do governo está quebrando a cabeça para cobrir um rombo de R$ 65 bilhões para garantir o cumprimento da meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, que permite um rombo de até R$ 139 bilhões para o governo central (que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), segundo fontes do governo. De acordo com Meirelles, a segunda rodada de repatriação de recursos deverá render pouco para os cofres da União, devido ao rateio da multa e dos impostos com Estados e Municípios. Ele estima que o governo federal consiga arrecadar menos de R$ 10 bilhões, algo em torno de R$ 7 bilhões, para ser mais preciso. Pelas estimativas de fontes próximas do governo, o contingenciamento que deverá ser anunciado será em torno de R$ 40 bilhões, mas a equipe econômica não quer anunciar um corte superior a R$ 20 bilhões, porém está difícil conseguir fechar as contas. (Correio Braziliense)

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