MCMV: EXPANDIDO EM GOIÁS LIMITE PARA FINANCIAMENTO

  O limite do valor do imóvel para financiamentos da terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em Goiás foi expandido. Em Aparecida de Goiânia – um dos municípios mais visados pelo setor nos últimos anos - saltou de R$ 145 mil para R$ 170 mil. Já na Capital, o reajuste dos valores máximos para imóveis das faixas 2 e 3 foi mais tímido, passando de R$ 170 mil para R$ 180 mil. A estimativa da Caixa Econômica Federal é que o mercado de habitação popular tenha crescimento de 30% nos financiamentos de imóveis de até R$ 225 mil. Embalado na elasticidade dos valores dos imóveis está o limite mensal dos beneficiários do MCMV, que subiu de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil e as taxas de juros (veja quadro). Na avaliação da presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de Goiás (Sindimóveis-GO), Lucimar Alves Elias, a extensão do limite do valor do imóvel facilita a viabilidade da construção do produto em Goiás. Ela explica que, mesmo com o mercado pouco aquecido, os valores dos terrenos continuam elevados, sobretudo, em Aparecida de Goiânia. Outro ponto favorável ressaltado é o aumento do teto da renda mensal familiar. “Pode-se fazer a composição da renda entre marido e mulher, o que abrange o número de moradores em Goiás que não possuem casa própria”, explica, acrescentando que essa é a forma mais viável de conseguir o primeiro imóvel. Lucimar comenta ainda que o aumento da taxa de juros penaliza o mutuário. “O consumidor enxerga como uma forma de ônus e, na verdade, foge do que era pactuado anteriormente”, diz. De quebra, ela ressalta que o valor do custo do dinheiro mais elevado também esbarra na majoração da entrada do imóvel. As instruções normativas que vão orientar a terceira fase do programa balizam as faixas 2 e 3 cujos recursos são do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, com perspectiva de serem a mola propulsora do MCMV este ano. Já o faixa 1, para famílias com renda até R$ 1,6 mil, e onde está concentrada boa parte do déficit habitacional, deve ficar estagnado, explica o superintendente de habitação da CEF, Teotônio Rezende.  “As grandes construtoras, que trabalham com a faixa 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida, não enfrentam problema de estoque e de velocidade de renda. É que, na habitação social, o cliente está trocando o aluguel pela prestação da casa própria. Então, para ele, não faz sentido mudar a decisão de comprar”, Levando em consideração esse aspecto soma-se o aumento do limite de renda mensal dos beneficiários para até R$ 6,5 mil e o reajuste dos valores dos imóveis que configura a estimativa de 30% de crescimento do setor. Lucimar Elias acredita que o foco do governo nas faixas 2 e 3 do programa deve beneficiar Goiás. “Temos uma estrutura econômica um pouco diferente dos demais Estados. É a faixa em que temos uma renda mais abrangente e a liquidez deve ser maior”, calcula. Mas o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto Moura, diz que ainda não está disponível para as construtoras nas agências da CEF o regulamento para análise de entrada no processo. “Acredito que vai melhorar, mas ainda não temos o regulamento em mãos”, critica. (Fonte: O Popular)

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