IVV DO DISTRITO FEDERAL FECHA EM 5,2%

O Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de abril do mercado imobiliário no Distrito Federal, contrariando a baixa expectativa da presidência da associação de empresas do setor (Ademi/DF), fechou em 5,2%. IVV é o método utilizado para aferir a rapidez na aquisição de novos empreendimentos imobiliários pelos consumidores. Acima de 6% é considerado bom, mas abaixo de 5%, ruim. O resultado do mês passado, portanto é considerado regular. Em março, o índice foi de 6,6%

De acordo com o Eduardo Aroeira, presidente da instituição, o resultado traz otimismo para o mercado e se deu pelas compras das unidades do segmento econômico, especificamente aqueles abaixo de R$ 250 mil, isto é, o Minha Casa, Minha Vida.

“O mercado para esse público se recuperou mais rápido e fez com que o número crescesse”, afirmou o presidente. “Eles ainda sentiram a necessidade e importância de comprar. Acredito que essa crise estimulou o cliente na busca de um novo imóvel, já que esse costuma ser o primeiro de muitas pessoas. Talvez a crise os tenha alertado da necessidade da compra de uma boa residência”, complementou Aroeira.

Durante a pandemia, no entanto, não houve novos lançamentos na capital federal. Atualmente, são 2.600 unidades vazias no mercado, mais de 70% abaixo do comum, com cerca de 9 mil estão disponíveis. Foram vendidas 139 unidades em abril, sendo 45,3% em Santa Maria, 21,6% em Planaltina e 13,7% no Noroeste.

Sites ajudam

Apesar da crise, sites especializados do setor imobiliário ajudam a minimizar os baixos índices apresentados no DF. De acordo com levantamento do portal DF Imóveis sobre o comportamento dos consumidores, o número de buscas por vendas e aluguel de residências aumentou em 53%, superando índices de novembro do ano passado e do carnaval. De 10 a 16 de maio, pouco mais 1,166 milhão de pessoas pesquisaram no site.

Um dos tráfegos deste período nos sites de pesquisa foi o de Alex Cançado, 30, que sentiu a necessidade de mudar de apartamento recentemente. De acordo com o contador, o lugar onde vive atualmente não é o ideal para as necessidades dele e de sua irmã, vinda do Rio de Janeiro para atender em clínica médica em um hospital do DF.

“Atualmente moro em uma quitinete no Setor Policial Sul e dei preferência para apartamentos no Sudoeste. Nessa região, minha irmã vai até conseguir ir a pé para o trabalho, então deu certo de escolhermos lá, onde queríamos”, comentou. Segundo Alex, falta pouco para fechar o negócio, após várias pesquisas feitas neste período da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com ele, a necessidade da mudança falou mais alto que o receio de contrair a covid-19. Segundo Alex, antes mesmo da pandemia, mantinha hábitos de higiene, como o uso constante de álcool em gel. “Agora só intensificou um pouco mais e tenho usado a máscara. O custo-benefício vai ser maior.”

De acordo com o presidente da Ademi/DF, este tipo de comportamento é o que provavelmente balanceará o momento de crise, histórico segundo ele. A perspectiva é que o IVV de maio deverá apresentar significativa melhora com relação ao mês de abril. “Isso acontece principalmente por meio da busca on-line. Os clientes têm evitado sair de casa e têm conhecido os imóveis e empreendimentos pela internet. Temos notado uma maior efetividade deles quando vão à construtora ou imobiliária, que tem sido para adquiri-los”, avalia Aroeira.

Fonte: Jornal de Brasília

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