INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO AINDA É DESAFIO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

No próximo dia 21 de setembro comemora-se o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 24% da população brasileira possui, pelo menos, um tipo de deficiência, seja visual, auditiva, motora ou mental. Ou seja, são 45 milhões de pessoas que, além de suas respectivas limitações físicas, lutam diariamente contra outras inúmeras dificuldades, como por exemplo, a inclusão no mercado de trabalho. Dados do Ministério do Trabalho apontam que em agosto de 2017, apenas 403.255 pessoas com deficiência estavam empregadas, o que corresponde a menos de 1% do total dessa população específica. Ainda segundo o órgão federal, esse contingente de trabalhadores representa somente 0,84% do total dos vínculos empregatícios. Com o objetivo de contribuir com a ampliação da inclusão no mercado de trabalho das pessoas com deficiência, e atuando na conciliação do interesse das empresas de construção e dos trabalhadores, o Serviço Social da Indústria da Construção (Seconci Goiás) lança, justamente no próximo dia 21, o  Projeto Seconci e a Inclusão do PCD (Profissional com Deficiência). O evento será realizado das 08h às 10h, na sede da entidade que fica no setor Jardim América, em Goiânia. Com esse projeto, o Seconci oferecerá suporte às empresas da construção associadas à entidade, que buscam PCDs para integrar seu quadro de colaboradores, sendo o mediador entre as empresas e esses profissionais (triagem e encaminhamento de currículos) por meio de parceria com instituições ligadas a esse público. Haverá também um canal direto no próprio Seconci, por meio do telefone (62) 3250-7500, onde o interessado pode entrar em contato e agendar o atendimento. Para o presidente do Seconci Goiás, Célio Eustáquio, tem havido um aumento progressivo da participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho nos últimos anos, “mas ainda existe um longo caminho a ser percorrido”. No caso específico da construção civil, ele explica que as empresas do setor têm investido muito em segurança e também em novas tecnologias para a execução de algumas atividades, o que possibilita com que as obras sejam hoje ambientes laborais em que os riscos existentes são minimizados, seja para trabalhadores com ou sem deficiência. “Evoluiu-se muito na prática da engenharia e da construção e hoje algumas tarefas exigem muito menos, do ponto de vista do esforço físico, assim se torna mais fácil a execução de algumas atividades para a Pessoa com Deficiência”, pontua o presidente do Seconci Goiás. Célio Eustáquio lembra, porém, que é necessário cautela e análise correta das limitações do profissional e da atividade que ele poderá desempenhar, a fim de resguardar sua saúde e segurança, que será realizada durante consulta médica ocupacional. “Dependendo do tipo de trabalho que precisa ser feito, a deficiência que a pessoa tiver pode realmente inviabilizar o desempenho seguro de uma determinada função”, esclarece. A assistente social do Seconci Goiás, Joicy Pimenta, avalia que, diferente do que muitos pensam, a grande maioria das pessoas com deficiência tem um forte interesse em trabalhar e busca se qualificar para tal. “Esses profissionais querem sim ser produtivos, pois além de contribuir para sua independência financeira, isso também melhora sua autoestima. Essas pessoas, ao conseguirem uma colocação no mercado de trabalho, geralmente se dedicam muito, oferecem o seu melhor, por se sentirem satisfeitas com a oportunidade, e isso reflete positivamente no resultado do seu trabalho”, argumenta Joicy.

Cotas

Para garantir a inserção de brasileiros com deficiência no mercado de trabalho foi criada a Lei nº 8.213, chamada de Lei de Cotas. Segundo a legislação, a empresa que tiver entre 100 e 200 empregados, deverá destinar 2% das vagas de trabalho a reabilitados e pessoas com deficiência. A porcentagem varia de acordo com o número de contratados, chegando a um máximo de 5%, caso haja mais de 1.001 funcionários. Para orientar empresários, gestores de recursos humanos e líderes da construção civil, o Seconci Goiás convidou a analista do Seguro Social do INSS, Patrícia Souza Oliveira Ramos, para palestrar no lançamento do Projeto Seconci e a Inclusão do PCD (Profissional com Deficiência) sobre a inserção desses trabalhadores. Fonte: Assessoria

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