INFLAÇÃO CEDE E BC ACELERA RITMO DE QUEDA DOS JUROS

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu reduzir em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 13% ao ano. O ritmo mais acelerado de corte, que surpreendeu o mercado, deve continuar nos próximos meses. Segundo comunicado, a atividade econômica abaixo do esperado e o processo disseminado de redução da inflação tornam apropriado o corte maior dos juros. A Selic serve de referência para taxas cobradas por bancos. Antes do anúncio, o IBGE divulgou que a inflação oficial do País chegou ao fim de 2016 com alta de 6,29%. O índice ficou dentro da meta do governo, de 4,5% ao ano, com tolerância até 6,5%. Nos últimos meses do ano passado, o BC já havia promovido dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa. Com a queda, economistas esperam juros de um dígito já no fim de 2017. Bancos anunciaram o repasse da redução na Selic para as taxas cobradas de consumidores e empresas. Foi a primeira vez desde abril de 2012 que o Copom diminuiu a taxa em 0,75. A aceleração do corte era um desejo do governo, que vê a redução como atalho para retomar o crescimento. O comitê informou que diretores avaliaram que o cenário atual da economia já permitia redução mais agressiva. Isso porque o processo de queda da inflação está mais disseminado entre produtos de consumo e a atividade econômica, pior que o esperado. Nas projeções oficiais, o BC já espera inflação em torno de 4% em 2017 e 3,4% em 2018. Além disso, o banco repetiu a avaliação de que reformas e ajustes na economia podem “ocorrer de forma mais célere que o antecipado”. Ontem mesmo, os grandes bancos começaram a reduzir a taxa de juro cobrada dos clientes. IPCA fica dentro da meta em 2016 A alta de 0,3% no IPCA, em dezembro, foi o resultado mais baixo para o mês desde 2008. A variação fez a inflação oficial no País encerrar o ano de 2016 em 6,29%, dentro da margem de tolerância da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.O BC cortou os juros em 0,75 ponto, para 13% ao ano. A aceleração do ritmo de queda surpreendeu e foi possível pelo recuo da inflação, que fechou 2016 a 6,29%, abaixo do teto da meta. O IPCA deve encerrar 2017 no centro do alvo, 4,5%, pela primeira vez em oito anos, o que pode ajudar na retomada do crescimento. (Fontes: Folha de S. Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo)

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