Nesta terça-feira, 13/12, é comemorado o Dia do Pedreiro, uma profissão sem muita pompa, mas com enredos de superação que são exemplo de majestade.No final do expediente, estão sujos de terra e cimento. As mãos grossas e calejadas indicam o esforço necessário a cada dia. Mas, graças à sua dedicação, erguem-se, tijolo a tijolo, as cidades em que vivemos, as casas que nos abrigam e os edifícios onde trabalhamos. A maioria tem origem simples, são iletrados, mas dotados de inteligência, disposição e garra. Assim, superam-se e vencem desafios.O engenheiro Thiago Libório explica que o processo construtivo se modernizou e, atualmente, muitas máquinas facilitam o trabalho dos pedreiros. Algumas funções passaram a ser mecanizadas mas, ainda assim, eles continuam sendo imprescindíveis em uma obra. “Eles estão presentes do o início ao acabamento da obra”, ressalta o engenheiro da Queiroz Silveira Construtora e Incorporadora, Thiago Libório.Uma dessas histórias inspiradora é a do pedreiro de 39 anos, Ailmar Nicacio Pereira. Depois de passar a infância na roça na cidade de Alagoinhas, na Bahia, foi para Salvador, onde aprendeu na prática a profissão. Aos 17 anos, já trabalhando como pedreiro, desembarcou em Goiânia, onde mora até hoje. Há 2 anos e 5 meses, ele trabalha na Queiroz Silveira Construtora, e diz sentir muito orgulho da profissão. “Hoje, vejo gente reclamando da vida com serviço de ajudante, fazem isso por que não fazer idéia de como era o trabalho antigamente. Era tudo no cabo da inchada, nada vinha pronto, agora é bem mais tranquilo”, conta. Ele tem sonhos auspiciosos, já fez vários cursos e tem planos para o futuro; o próximo é de mestre de obras. “Mas eu não paro por aí; a ideia é ganhar melhor para pagar o curso de engenharia”, ressalta.Há oito anos o pedreiro Mauricio dos Santos Reis chegou a Goiânia, vindo do Piauí, e desde então trabalha na Dinâmica Engenharia, hoje, na obra do Residencial Detail Vaca Brava. O cargo inicialmente era de servente, mas com esforço e dedicação conseguiu ser promovido. “Logo depois que me tornei pedreiro consegui comprar meu lote. Cada tijolo da minha casa até o acabamento do piso fui eu mesmo quem fez, não paguei um real de mão de obra”, conta orgulhoso.Para ele, a profissão também tem evoluído com o tempo e, como em qualquer outra, se profissionalizar e fazer atualizações é preciso. “A Dinâmica não me deu só o emprego, aqui eles me dão também oportunidade. Eu já tinha o ensino médio completo, daí fiz curso de informática, de leitura de projetos, de máquinas manuais. Tudo isso tem colaborado para me tornar cada dia melhor no que faço”, diz Maurício.