GRANDES BANCOS ANALISAM A POSSIBILIDADE DE ADOTAR CRÉDITO IMOBILIÁRIO ATRELADO À INFLAÇÃO

Na esteira do anúncio da Caixa Econômica Federal sobre a nova modalidade de crédito imobiliário, corrigida pela inflação, os quatro maiores bancos do país informaram que estão analisando a possibilidade de adotar financiamento semelhante.

De acordo com a Caixa, os juros nesse tipo de crédito habitacional serão mais baixos e vão valer para imóveis novos e usados.

Em nota, o Banco do Brasil informou que “monitora constantemente os movimentos de mercado, e, até o momento, não há definição sobre o IPCA como indexador”. No entanto, mais cedo, o BB  também anunciou mudanças no modelo de financiamento, segundo o qual, " quanto menor o prazo de financiamento, menor será a taxa de juros".

Segundo o banco, a modalidade busca atender demandas de clientes por taxas mais baixas em prazos de financiamento menores.

O Santander informou que também não tem em vista trocar a Taxa Referencial (TR), afirmando que “está avaliando a medida e olhando todas as oportunidades que possam surgir”.

Já o Bradesco informou que “o banco deve operar com esta nova linha atrelada ao IPCA e está avaliando as condições”. Segundo o diretor de Relações com Investidores, Leandro Miranda, é preciso saber se o tomador de crédito estaria disposto a ter esse tipo de crédito em função do histórico de inflação alta no país.

- Não sei se o cliente gostaria de ter um risco de inflação de 30 anos em virtude do histórico que temos no Brasil - disse.

O Itaú, em nota, afirmou que "apoia iniciativas que ajudem a fomentar o mercado de crédito imobiliário". Em relação às medidas que estão sendo discutidas, o banco diz que está estudando as condições "para avaliar qual caminho trará mais benefícios para os clientes".

Crédito atrelado ao IPCA

A nova modalidade de financiamento imobiliário anunciado pela Caixa prevê que a taxa mínima para imóveis residenciais enquadrados será de IPCA mais 2,95% ao ano. A taxa máxima será de IPCA mais 4,95% ao ano.

A projeção é que o IPCA feche este ano a 3,76%. As taxas valem para novos contratos e já estarão vigentes a partir da próxima segunda-feira. O banco pretende atingir, inicialmente, um público de 150 mil famílias.

Fonte: O Globo

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