As indústrias de transformação e da construção continuam exibindo perdas em relação ao ano passado, enquanto o comércio desacelera. A combinação, segundo estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV), levou o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a registrar o primeiro resultado negativo este ano. De acordo com o Monitor do PIB, acompanhamento feito pela instituição, no trimestre encerrado em maio, a soma da renda gerada no País recuou 0,1% na comparação com igual período de 2013. Caso continue no negativo, o PIB terá o pior resultado desde o terceiro trimestre de 2009, quando a queda foi de 1,5% sobre igual período do ano anterior, de acordo com os dados oficiais do IBGE. Os resultados do segundo trimestre serão divulgados em 29 de agosto. Até abril, a taxa trimestral interanual era calculada em 0,9%, segundo o relatório do Monitor do PIB, que busca antecipar mês a mês os rumos da economia usando as mesmas metodologia e fontes de informação empregadas no cálculo oficial do IBGE. Entre janeiro e março, a economia havia avançado 1,9% na comparação com igual período de 2013, segundo o IBGE. A indústria teve recuo de 2,9% de março a maio em relação a igual período de 2013. Pesaram para este desempenho a queda de 5,4% na indústria de transformação e a de 6,6% na indústria da construção, na mesma base de comparação. Com a intensidade das perdas, nem o avanço de 8,1% do segmento extrativo estancou a piora do setor produtivo. O setor de serviços, que responde por dois terços da economia, perdeu força e subiu 0,6% no trimestre até maio, influenciado pelo desempenho mais fraco de comércio, transportes e outros serviços. Na agropecuária, houve melhora entre abril e maio, para 1,3%, mas a taxa ainda é menor do que no primeiro trimestre. Nesta segunda-feira, 14, o Boletim Focus mostrou que os analistas estão cada vez menos otimistas e esperam, em média, alta de 1,05% no PIB este ano. Na sexta-feira, as atenções se voltam ao Indicador de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), outro termômetro da atividade no País. (Fontes: IstoÉ Dinheiro Online e jornal O Estado de S. Paulo)
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