EUA: BRASILEIROS DOBRAM SUAS COMPRAS DE IMÓVEIS

Com o cenário econômico mais difícil no Brasil, com inflação e juros mais altos, restrição de crédito e queda no consumo, os brasileiros estão buscando novos negócios no exterior. Segundo levantamento da Faccin Investiments, empresa de consultoria norte-americana especializada em negócios envolvendo imóveis, a procura de brasileiros que querem investir na compra de um imóvel comercial nos Estados Unidos duplicou nos últimos 12 meses. Nos primeiros seis meses de 2015 já foram comercializados 28 imóveis, principalmente no estado norte-americano da Flórida, em Miami e várias outras cidades. Em 2014, ao longo de todo o ano foram vendidos apenas 28 imóveis comerciais para brasileiros. A demanda nesse segmento, nos últimos dois anos, cresceu 750%, segundo dados da própria Faccin. Ainda de acordo com a empresa, os brasileiros correspondem a 11% das compras do setor imobiliário na Flórida e, de cada 10 brasileiros que compram imóvel na região, dois são de Minas Gerais. Segundo o diretor-executivo da Faccin Investiments, Cássio Faccin, é possível que o número de investidores brasileiros nos EUA cresça ainda mais até o fim do ano, tendo em vista que 575 empresários já procuraram a empresa interessados em fazer a aquisição. No ano passado, o número não chegou a 300. “Os imóveis comerciais já respondem por quase 50% dos nossos negócios. A procura cresceu muito nos últimos dois anos. Geralmente, os compradores são investidores que têm interesse em diversificar seus portfólios com uma opção de investimento protegida contra a variação cambial”, afirmou. Os brasileiros também são recordistas em compras de imóveis residenciais na Flórida e o financiamento de imóveis para estrangeiros no país é relativamente simples. Os bancos norte-americanos, normalmente, financiam os estrangeiros em até 65% do valor do imóvel – o que significa entrada de 35% à vista. Os juros variam entre 4.75% e 6% ao ano e são calculados com base no saldo da dívida e no prazo de pagamento do empréstimo. Para se qualificar, além de arcar com os custos do fechamento do negócio (taxas bancárias, cartório, imposto sobre o empréstimo e outros), é preciso adiantar seis meses do custo mensal do imóvel. Esse dinheiro deve vir da conta pessoal do comprador ou da empresa em nome da qual ele pretende adquirir o imóvel e pode estar em uma conta no Brasil ou nos Estados Unidos. Além disso, o estrangeiro precisa comprovar renda, apresentando histórico de crédito dos últimos dois anos, cartas escritas por credores, empregador e contador.(Fonte: Correio Braziliense)

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