Lançado no início de setembro, o projeto “Moradia no Mundo Pós-Pandemia” — uma espécie de think tank da habitação — reuniu especialistas no Brasil e dos Estados Unidos, como Gesner Oliveira, doutor em economia e professor da Fundação Getulio Vargas; Pedro Rivera e Shawn Amsler, professores da Columbia University; Ben Ross Schneider, professor do MIT; e Alexandre Frankel, CEO da Housi. O objetivo do encontro foi debater tendências de habitação que deverão ser antecipadas por causa da pandemia. Confira:
1. Moradia como serviço
Assim como os aplicativos de transporte, que melhoraram a mobilidade das pessoas nas grandes cidades, a moradia como serviço é uma tendência que, segundo os especialistas, ganhará força. “Diferente de gerações anteriores, lares não são mais os mesmos investimentos sentimentais que costumavam ser”, afirma Shawn Amsler, professor e especialista em mercado imobiliário da universidade americana de Colúmbia. No Brasil, o modelo é adotado por startups como a Housi, uma spin-off da construtora Vitacon. Com a proposta de ser uma espécie de “Netflix imobiliária”, a empresa oferece moradia on demand por meio de uma plataforma 100% digital. Por meio dela, o usuário tem acesso a imóveis mobiliados e a serviços como limpeza semanal e pay-per-view.
2. Multifamily properties
Bastante comum nos Estados Unidos, as multifamily properties podem ganhar espaço no Brasil. O modelo funciona como uma espécie de holding, na qual um complexo de apartamentos ou casas pertence e é gerido por um único dono. Ou seja, todos os moradores do complexo são inquilinos. O intuito é reduzir custos e simplificar as decisões de investimento na propriedade, como já acontece em shopping centers, por exemplo. Dessa tendência, podem nascer empreendimentos focados em públicos específicos, como casais com ou sem filhos e imóveis específicos para aposentados e idosos. “Modelos de investimento como o multifamily properties são rentáveis e significam um menor custo de transação em comparação ao aluguel tradicional”, explica Gesner de Oliveira, professor da FGV.
3. Coliving
Comum em países da Europa e nos Estados Unidos e Canadá, o coliving é um movimento que engloba uma série de possibilidades, que vão desde pessoas vivendo juntas e dividindo o mesmo espaço físico, até grupos que compartilham interesses, valores e filosofia de vida. No Brasil, é possível ver os primeiros passos nessa direção a partir de empreendimentos como o Kasa, um coliving no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, cujo edifício apresenta cinco opções de apartamentos mobiliados para locação com áreas comuns como lounge com cozinha equipada e salão de jogos, lavanderia, coworking, academia e serviço de concierge. “Hoje, vivemos o nomadismo digital, onde as pessoas podem ter muitas formas de integração”, diz Oliveira.
Fonte: Exame
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