EM GOIÁS, NÍVEL DE EMPREGO NA CONSTRUÇÃO CIVIL SOBE E ESTÁ ACIMA DA MÉDIA NACIONAL

A geração de empregos no setor da construção civil em Goiás segue em ascensão. É o que indica os mais recentes números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Conforme os dados organizados pelo Ministério do Trabalho, entre janeiro e julho o setor registra saldo positivo de 4.865 vagas formais no Estado, o que representa crescimento de 7,45% no período. No mesmo período de 2017, haviam 3.358 contratados, ou seja, são 1.500 vagas a mais. Nos últimos 12 meses, no cenário estadual, o setor da construção civil apresenta a segunda maior variação entre as oito atividades econômicas pesquisadas, com alta de 2,48% e um saldo positivo de 1.657 vagas formais - ficando atrás somente do agronegócio, que teve variação de 2,69%. O Estado segue na contramão do cenário nacional, que registra uma variação negativa no saldo de empregos da construção de 1,10%, nos últimos 12 meses. Ainda tendo base o cenário de Goiás, o setor da construção civil também apresentou bom desempenho na geração de empregos comparando-se junho e julho. O saldo absoluto entre um mês e outro foi 737 vagas formais, uma variação de 1,10%, a maior entre os setores econômicos estudados. Mais uma vez o cenário da construção civil goiana se destaca frente ao nacional, que em julho registrou crescimento no saldo de empregos de apenas 0,49%. Com exceção do mês de maio, quando ocorreu a greve dos caminhoneiros, entre janeiro e julho a construção civil no Estado apresentou índices positivos na geração de empregos em todos os parâmetros de comparação (mês a mês, acumulado no ano e nos últimos 12 meses). Reação De acordo com o incorporador Rogério Queiroz, diretor da Queiroz Silveira Construtora e Incorporadora, o crescimento das contratações do setor comprova que o mercado está, de fato, reagindo. “O mercado de Goiânia cresce a passos largos frente ao cenário nacional e isso reflete diretamente no número de empregos oferecidos”, enfatiza Rogério que cita recente pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) para comprovar sua afirmação. De acordo com a pesquisa, houve um aumento de 46% nos imóveis na capital de Goiás, enquanto a média nacional foi de 22%. “Com o crescimento das vendas o nível do estoque ficou baixo e isso motivou as empresas a iniciar obras e retomar projetos que estavam estacionados aguardando um cenário melhor”, disse ao explicar o porquê do aumento no número de empregos no mercado. Ele informa ainda que a própria Queiroz Silveira está com quatro obras em andamento em Goiânia, uma delas iniciada em março. O incorporador Thiago Galvão, diretor da Brasal Incorporações, também destaca que o crescimento do número de empregos na construção civil está diretamente ligado a questões como baixa na taxa de juros e incentivo ao financiamento de imóveis. Thiago está otimista para este segundo semestre e acredita que a empresa, por conta dos lançamentos, vai gerar cerca de 20% a mais de vagas, na comparação com segundo semestre de 2017. Em uma nova obra, o Cena Marista, que será iniciado ainda neste semestre, serão necessários 190 trabalhadores ao longo da obra. De imediato, a empresa abrirá 18 vagas. Para o economista, professor universitário e especialista em finanças, Marcus Teodoro, a construção civil historicamente é um segmento gerador de emprego, renda e tributação. “Sempre teve um peso muito forte na economia do país. É um segmento que tem uma importância muito grande no desenvolvimento e expansão do Brasil, que é continental”, destaca o economista ao enfatizar que o setor é um bom termômetro para avaliar a situação econômica. Ainda de acordo com Marcus, a construção civil é muito sensível às alterações do cenário macroeconômico do país. “Conforme o cenário nacional se expande a construção civil também cresce”, explica. Ao ser questionado sobre a retomada das contratações pela construção civil em Goiás, Marcus revela que o crescimento de empregos se deu pela queda da taxa de juros, pela queda da taxa de financiamento imobiliário e pelo incentivo de programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida. Fonte: Assessoria

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