DF: APARELHO PORTÁTIL É PROIBIDO NO CANTEIRO DE OBRA

O uso do celular no ambiente de trabalho se transformou em uma preocupação para os patrões. O controle entre a utilização para fins pessoais ou profissionais tornou-se um desafio para os gestores. Diante desse impasse, os sindicatos patronal e de trabalhadores da construção civil do Distrito Federal resolveram tomar uma atitude radical em relação aos aparelhos portáteis, como smartphones, tablets e dispositivos similares. A partir de setembro, os operários não poderão acessar a internet e as redes sociais nem responder mensagens instantâneas, como as de WhatsApp, nos canteiros de obras. Apenas as ligações serão permitidas, desde que autorizadas por um superior, e atendidas em um local delimitado pelo gestor. Nos intervalos, como o horário de almoço, o uso dos aparelhos fica liberado. Em caso de descumprimento da regra, os operários ficam sujeitos às mesmas sanções aplicadas a quem não usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI), o que pode levar até a demissão por justa causa. As normas fazem parte de um acordo da categoria, e esta é a primeira vez que uma convenção coletiva da construção civil aborda o tema no Brasil. No entendimento tanto do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon) quanto do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), a medida visa à segurança do funcionário. O presidente do STICMB no DF, Edgard Viana, afirma que a restrição do uso do celular nos canteiros de obras vai contribuir para diminuir acidentes e mortes. Segundo o diretor de Políticas e Relações Trabalhistas do Sinduscon-DF, Izídio Santos Junior, os patrões começaram a pensar o assunto depois que um operário morreu, na Bahia, ao ser atropelado por um caminhão em uma obra porque estava distraído com um fone de ouvido conectado ao celular. "O uso de aparelhos eletrônicos, como o celular, tira a atenção do operário, que pode não fazer o uso correto de um EPI, por exemplo, e aumentar os riscos de um acidente", analisou. (Fonte: Correio Braziliense/ Flávia Maia, Nathália Cardim)

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