Em pouco mais de um ano, o brasileiro saiu do quase pleno emprego para a fila dos desocupados, sem data para voltar ao mercado de trabalho. Levantamento da Tendências Consultoria Integrada mostra que, com a deterioração da atividade econômica em 2015, o trabalhador está demorando mais tempo para conseguir um novo emprego. O porcentual de desocupados há mais de sete meses atingiu 33,8% em novembro – maior nível mensal desde 2006. Em janeiro, era de 24,1%. A faixa que mais cresceu foi a que inclui desempregados entre sete e 11 meses, cujo porcentual passou de 7,3% para 14,2% entre janeiro e novembro. Já o porcentual que conseguia emprego no curto prazo, em até 30 dias, caiu de 29,6% para 20,2%. A faixa entre 31 dias e seis meses ficou estável, com 46% das pessoas desocupadas. Para especialistas, o País ainda não atingiu o fundo do poço no mercado de trabalho. A tendência é de que os indicadores continuem piorando. Salário cai 12,5% na indústria. A crise na indústria reduz mês a mês salários e número de empregados. Em novembro, o rendimento médio do trabalhador do setor despencou 12,5% em relação ao mesmo mês de 2014. Cresce dependência do Bolsa Família. Previsão de reajuste abaixo da inflação de 2015 para o programa neste ano deverá ter impacto direto nas residências das famílias mais pobres do Brasil. Em São Paulo, segue a rotina na Rua Barão de Itapetininga, centro da cidade, onde centenas de pessoas vão diariamente buscar emprego de vigia, zelador, pedreiro, copeira, operador de telemarketing ou o que aparecer. Ofertas de vagas coladas nos postes da via alimentam a esperança de começar 2016 com um trabalho. (Fonte: O Estado de S. Paulo)
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