Apesar da melhora de perspectivas, a situação econômica no Brasil ainda é complicada. Porém, mesmo num momento adverso, busca pela primeira moradia é uma prioridade para as pessoas. Esse desejo comum a milhões de brasileiros tem impulsionado mercado imobiliário
Com uma meta de inflação revisada para baixo e já chegando a casa dos 3%, uma perspectiva de que a taxa de juros chegue a 8,5% no final do ano, e, depois de dois anos seguidos sem crescimento, uma previsão de um aumento tímido em 0,5% no PIB de 2017. Esses números do Banco Central demonstram que a economia brasileira volta a caminhar, mas o cenário ainda é complicado, temos, por exemplo, uma taxa de desemprego elevada, perto dos 14%, segundo dados do IBGE.
Mas de acordo com muitos economistas e analista de mercado, um cenário econômico complicado nunca inibiu o planejamento das pessoas para sonhos importantes como o da casa própria. “Independente do momento econômico do País, as pessoas ainda querem realizar o desejo da primeira moradia”, explica Fernando Salomão, gestor comercial em Goiás da MRV Engenharia. A empresa, líder nacional no mercado de imóveis econômicos, fechou, só em Goiânia, entre janeiro e maio deste ano mais de 550 negócios. Um número duas vezes maior se compararmos os dados com o resultado obtido no mesmo período de 2016.
Segundo Fernando Salomão, o bom resultado é reflexo das facilidades de financiamento incentivadas pela retomada, desde o final do ano passado, da queda de juros no País e das recentes mudanças no programa Minha Casa Minha Vida. “As pessoas estão ficando mais seguras para realizar o sonho da casa própria. Com as mudanças no Programa habitacional Minha Casa Minha Vida, abrimos margem para dois públicos diferentes: famílias que recebem um salário mínimo e meio e famílias com rendimentos até que ganham até R$9 mil. Hoje, as pessoas que nos procuram encaixando na faixa 1,5 representam 40% das nossas vendas”, afirma.
Seguindo esse bom fluxo do setor, a MRV Engenharia lançou neste mês a segunda etapa do complexo Gran Vitória, o Residencial Conquista, que teve sua primeira fase, o Residencial Paradiso, lançada em 2015. O empreendimento contará com 276 unidades com 48m² cada. Este lançamento faz parte da perspectiva da empresa para 2017, ano em que pretendem disponibilizar cerca de 4.600 unidades habitacionais em seis diferentes lançamentos, sendo que 3 já foram realizados.
Planejamento
Paulo Henrique de Jesus, 30 anos, não se deixou assustar pelo atual momento que o País passa. Ele, que trabalha como carteiro e está prestes a se casar, fez as contas e decidiu financiar sua primeira moradia. “Ter a minha casa é um sonho de infância e agora eu vi uma ótima oportunidade e abracei. Eu e minha noiva decidimos cortar de nossas vidas gastos supérfluos para termos onde morar, depois que casarmos. Se não houver dedicação à realização do que queremos, se não apertar de um lado e do outro a gente acaba vendo o sonho e as oportunidades passarem”, conta.
Caroline Mesquita, 36 anos, é assistente financeira e Fredson Roque, 37, é vendedor. Os dois são casados há cinco e a meta de ambos para 2017 é sair do aluguel, por isso estão em busca da casa própria. Para conseguirem realizar o desejo da primeira moradia foi necessário fazer alguns ajustes nas despesas pessoais. “Começamos pelo corte com o aluguel. Decidimos mudar para uma casa menor e, assim, gastar menos. Além disso, chegamos a um acordo para economizar em outros pontos dentro de casa e assim conseguir juntar dinheiro para pagarmos algo que será nosso para sempre”, explica a assistente.
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