A falta de tempo no dia a dia, seja para fazer o que se gosta ou resolver alguma situação, diferente do que se pensa, não é o mal do século XXI. O grande vilão é o desperdício de tempo que, no Brasil, a média está acima de 45% entre os executivos, índice unânime entre especialistas.
Com 45 anos de experiência, o consultor de empresas e conselheiro estratégico de CEOs, Marcos Borela, ressalta que não existe técnica para administração do tempo. “O que podemos e devemos fazer é aprendermos e praticarmos algumas técnicas para uma eficaz administração da nossa vida, no tempo”, explica.
Borela frisa que vida e tempo são palavras sinônimas. Ele explica que se mede a vida pelo tempo e, quando este é desperdiçado, desperdiça-se na verdade a vida. “O tempo é a matéria-prima de tudo. A solução do problema da falta de tempo ou qualquer outro caso só começa no momento em que o indivíduo tem a consciência da sua necessidade. É uma questão de princípio ou de postura”, explica.
Adiar as tarefas constantemente, deixar as demandas para depois ou para os últimos minutos da prorrogação, são alguns dos principais fatores que levam os profissionais a perderem oportunidades de crescimento. Esta postergação, se feita de maneira recorrente, pode ocasionar uma série de problemas para a vida da pessoa, a começar pela ansiedade e estresse, como é o caso da Síndrome de Burnout, um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes.
A psicóloga clínica Rosângela Montefusco explica que é essencial criar hábitos e padrões de comportamento que passam a ser adequados e ajustados para que o indivíduo aprenda a organizar e priorizar melhor o seu tempo dentro dos seus objetivos. “É um processo de aprendizagem contínuo porque esses fatores podem exigir uma mudança brusca, após vários anos de hábito em uma determinada função. Nós não aprendemos isso nem em casa, nem em escolas e universidades. Não trabalhamos com a possibilidade da incerteza e isso é algo que cria muita ansiedade”, diz.
Montefusco pontua um fator que deve ser também avaliado: a habilidade da vida de começar e terminar algo. “O indivíduo tem que substituir uma tarefa por outra até se tornar uma nova pessoa. Aí sim vamos conseguir preparar pessoas para viverem de forma mais tranquila. A ansiedade vem muito da dificuldade que temos de lidar com instabilidade, que é o mundo com a vulnerabilidade que temos a cada momento em que tudo muda”, observa.
Objetivos
A gestão do tempo deve ser sempre o primeiro passo para conseguir realizar tudo que a pessoa se propõe a fazer para alcançar objetivos. Segundo Borela, entre as vantagens de gerenciar melhor o tempo estão ter uma vida mais plena de realizações e conseguir vivenciar e obter melhores resultados nos seus diversos âmbitos: pessoal, profissional, familiar, conjugal, social, etc. “Somente aqueles que conseguem estabelecer objetivos claros para cada área na vida são capazes de organizar melhor o tempo e as prioridades para alcançá-los”, destaca.
Engana-se também que “estar ocupado” esteja ligado à produtividade. Ser produtivo não possui qualquer ligação com a quantidade de horas trabalhadas, mas justamente nos resultados gerados nestas horas. “Produtividade é conseguir realizar aquilo que se pretende. E mesmo os melhores especialistas em gestão da vida no tempo, como eu, desperdiçam 15% de suas vidas”, brinca.
Palestra
Borela desembarca em Goiânia hoje para ministrar a palestra ‘Gestão do Tempo’, às 8h30, para membros da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). A palestra integra a Ademi Qualifica, iniciativa que busca incentivar e promover a qualificação do mercado imobiliário. O projeto foi idealizado para fortalecer ainda mais o setor, difundindo experiências de sucesso e instruindo os profissionais a buscaram cada vez mais excelência.
Na ocasião, o consultor vai falar sobre a administração do tempo e sua importância, com dicas para gerir melhor o tempo e indicações básicas para o indivíduo implantar no dia a dia.
Fonte: Assessoria
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