Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, número de mortes pela doença em 2017 é maior que no ano passado
Dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás apontam que somente neste ano 78 pessoas podem ter morrido vítima de dengue no Estado, número mais alto que o do ano passado, quando foram confirmadas 54 mortes. Para agravar o quadro, em 2017 a maioria dos óbitos foi ocasionada pelo sorotipo 2 da doença, o mais agressivo. Para evitar a proliferação da dengue, da febre Chikungunya e da Zika, doenças transmitidas pelo mosquito vetor Aedes aegypti, construtoras de Goiânia desenvolvem ações preventivas nos canteiros de obras a fim de eliminar criadouros.
Na construção civil há grande quantidade de entulho e elementos que podem acumular água como caixas d’água e lajes. Na Opus, é feito o recolhimento dos resíduos para evitar que cheguem ao aterro sanitário, onde há risco de virarem criadouros do mosquito. A construtora possui, ainda, dois colaboradores treinados pelo Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Seconci), especializados no combate ao Aedes aegypti. Estes colaboradores passam nas obras fazendo um check list semanal para indicar os pontos de foco e providenciar a eliminação da água parada. “Além disso, anualmente um funcionário da Secretaria de Saúde ministra treinamento e conscientiza todos os colaboradores”, informa a supervisora de segurança do trabalho da Opus, Adriana Garcia da Silveira.
Na Toctao, além de evitar produzir resíduos que sejam passiveis de acumular água, a empresa possui um funcionário especializado que realiza ronda três vezes na semana para verificar se há focos do mosquito. “Há muito tempo não há casos de afastamento por conta da doença na empresa. Isso só foi possível por orientarmos os funcionários a avisarem caso encontrem algum foco ou local com água acumulada, é um trabalho em equipe”, relata a gestora de Meio Ambiente do Grupo Toctao, Cinthia Martins.
O engenheiro civil responsável pela Oliveira Melo Construtora, Ulisses Ulhôa, também atribui ao trabalho em equipe o sucesso das ações preventivas, que precisam de adesão de todos os funcionários da obra. “Desse modo, caso seja encontrado alguma área com água parada, jogamos o produto químico especializado para evitar a proliferação do mosquito”, explica.
Para a supervisora de Segurança do Trabalho da EBM, Francisca Silva, a prevenção é primordial. A empresa adere a um formulário de controle interno que possui itens como manter tampados caixas d'água, tambores e outras superfícies, jogar cloro granulado onde é necessário ter água parada e proibir que qualquer material seja protegido com lonas, sendo o correto, tendas. “Temos um colaborador treinado, chamado dengueiro, que é o maior responsável por garantir a eficiência do combate ao Aedes aegypti nas obras”, conta.
Essas intervenções devem fazer parte da rotina diária dentro dos canteiros de obras. O mosquito se reproduz em água parada, não importa a quantidade, assim, as ações preventivas não deixam de ser regulares durante o período seco e se intensificam no verão, devido à grande quantidade de chuva entre os meses de dezembro e janeiro.
Publicações relacionadas
Integração entre processos bem planejados e o uso da tecnologia integrada à mão de obra para garantir mais velocidade e maturidade às empresas foi o foco do último módulo do ano
Módulo gratuito para associados que integra o Ademi Qualifica será ministrado por Fabiano Souza, CEO da Trajetória Consultoria e diretor de fornecedores da Ademi-PR, no dia 27/11
Estante Literária da Terral Incorporadora disponibiliza empréstimo de livros e recebe doações para continuidade do projeto, que surgiu da necessidade de incentivo à leitura com um espaço aconchegante
Evento reúne os principais players da área para discutir tendências, inovações e perspectivas para o setor