Após dois trimestres de queda, a indústria cresceu 0,7% e foi o motor da alta de 0,4% do PIB do 2º trimestre de 2019. O resultado, divulgado quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi o melhor entre os três setores da economia. O desempenho foi puxado, principalmente, pelas áreas de transformação (alta de 2%) e de construção (1,9%.) Do lado negativo, a extração apresentou queda de 3,8% no período. Apesar do desempenho, o setor ainda mostra incerteza com o desempenho no restante do ano.
Para o gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, o resultado de 0,7% chega a surpreender, mas a reação é reflexo de dois trimestres seguidos de retração. “Uma reação era esperada, é um bom resultado, mas nós ainda estamos muito abaixo do que estávamos antes da grande crise”.
Castelo Branco relaciona o desempenho da indústria com o avanço da reforma da Previdência no Congresso Nacional e a sinalização da queda da taxa de juros (que veio a cair, efetivamente em julho, de 6,5% para 6% ao ano). O executivo, porém, evitou falar em crescimento sólido, chamando atenção para o cenário internacional. “Há nuvens pesadas no horizonte. A guerra comercial de Estados Unidos e China e a crise da Argentina são fatores que podem conturbar o cenário”.
Desempenho da indústria desde 2016
Tratada como um termômetro da economia, a indústria de construção cresceu 1,9%, registrando primeira alta após 20 trimestres consecutivos de queda. Os empresários do setor, no entanto, divergem sobre as causas desse desempenho e seu potencial.
Para Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o principal motivo foi o aumento nos financiamentos de média e alta renda. “A indústria começou a se movimentar. É importante lembrar que ela não ficou parada. No segmento de baixa renda sempre foi resiliente”, diz ele. “Existe uma demanda tão grande no déficit habitacional, por causa da crise, que o volume de pessoas nesse setor é contínuo”, acrescenta.
Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusconSP), afirma que os financiamentos realmente aqueceram a indústria, mas ainda em patamar insuficiente. Segundo ele, o crescimento foi muito mais no mercado informal, do que com contratos em construtoras, o que, portanto, não estimulou como esperado o emprego na área. “Houve algum aumento na ocupação muito devido ao mercado mais informal, em que as famílias fazem reformas, por exemplo, do que no emprego na própria construção civil. Também teve alguma coisa em relação ao financiamento dos financiamentos imobiliários. É bem-vinda essa alta, mas é modesta”, diz ele.
Fonte: AbrainC
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