CONSTRUÇÃO CIVIL DISCUTE COM BANCOS REDUÇÃO DA INADIMPLÊNCIA NO MERCADO IMOBILIÁRIO

Reuniões com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são periódicas e auxiliam na solução de problemas do setor. A construção civil avança na articulação de um acordo com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para reduzir a inadimplência no financiamento imobiliário. As reuniões acontecerão durante o dia 10/08, na sede da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília. Durante esses encontros serão criados dois grupos de trabalho integrados por representantes dos bancos e do setor: um buscará solução para a questão da Inadimplência; o outro vai estudar um novo modelo de contrato de financiamento. O diálogo da construção civil com os agentes financeiros tem sido articulado pela CBIC ao longo dos últimos anos, num processo permanente de aperfeiçoamento de regras e reversão de gargalos operacionais. “As pautas são dinâmicas e traduzem as dificuldades e necessidades atuais do setor e das duas instituições”, destaca o líder do projeto Minha Casa Minha Vida da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CII/CBIC), Carlos Henrique de Oliveira Passos. Nesses encontros, são discutidos tanto assuntos operacionais quanto relacionados ao desempenho de programas e produtos dos agentes financeiros. Vários já foram os avanços obtidos pelas duas instituições e o mercado imobiliário como um todo com a realização dessas reuniões. Participam delas o vice-presidentes e diretores de áreas afins ao crédito imobiliário dos bancos, dirigentes e empresários do setor da construção. No caso do Banco do Brasil, a formulação do convite coincidiu com o início de sua operação no programa MCMV, momento em que estava desenvolvendo seus produtos e processos. Isso, de acordo com o BB, foi muito positivo para os negócios, pois o ajudou na obtenção de informações sobre a dinâmica do mercado imobiliário nacional no âmbito da incorporação e da construção. Para o diretor de Crédito Imobiliário do Banco do Brasil, Hamilton Rodrigues, a parceria com a CBIC nos últimos anos levou o agente financeiro a uma condição bastante favorável. “Hoje o Banco do Brasil é o segundo no ranking BACEN de aplicação de recursos do crédito imobiliário no mercado, envolvendo funding do FGTS e da caderneta de poupança. E isso foi construído muito também por esse trabalho que a instituição vem desenvolvendo com a entidade. É um conjunto de fatores e, com certeza, a CBIC nos ajudou muito a chegar a essa posição”, diz Hamilton Rodrigues. Ao longo desses anos, houve resultados importantes tanto para o banco quanto para o setor. Segundo Hamilton Rodrigues, baseados numa relação de transparência, confiança e credibilidade, houve melhoria nos produtos, resultado de sugestões e questões levantadas durante esses encontros. No caso do BB, uma das grandes vantagens é a obtenção da experiência prática de como funciona o processo e, respeitada a lógica de negócio da instituição, essas sugestões são ou não viabilizadas. “Lógico que divergência sempre haverá, mas o objetivo, que é a transparência, é comum. A indústria quer viabilizar o seu fim que é a construção/incorporação e o banco prover recursos/financiamento para esses negócios”. Para o vice-presidente da CBIC e presidente do Sinduscon-MA, Fábio Ribeiro Nahuz, esses encontros em Brasília abriram um importante canal de comunicação do setor também nos Estados. Em fevereiro do ano passado, houve um reclame do segmento empresarial com relação á plataforma de atendimento do Banco do Brasil no Maranhão e a percepção dos agentes financeiros de que precisavam ir in loco para terem uma mostra maior do problema. “Ainda tem muito a resolver, mas hoje a gente se sente escutado, a gente tem as respostas e a gente pode colocar os nossos pleitos. Melhorou muito. Temos feito encontros regionais tanto com o Banco do Brasil quanto com a Caixa”, destacou Nahuz. “Hoje há uma abertura total para os empresários locais tratarem de problemas operacionais”, reforça. No próximo dia 09/08, na sede do Sinducon-MA, o sindicato, juntamente com a Ademi-PE, receberá mais uma vez representantes do BB para tratar de assuntos relacionados às linhas de crédito para apoio das empresas da construção civil do estado. Carlos Henrique Passos, também presidente do Sinduscon-BA, reforça que essas reuniões, além de possibilitarem uma discussão entre as Engenharias, servem de feedback para os agentes financeiros sobre o comportamento da sua rede. “É uma oportunidade de ouvir, por exemplo, como a Bahia enxerga a sua unidade de atendimento e funciona como forma de orientação de como está o produto, operacionalizado em cada estado”, diz. No Mato Grosso, segundo o vice-presidente do Sinduscon-MT, Cezário Siqueira Gonçalves Neto, os resultados também já começaram a surgir. Nesta semana, o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, participou de encontro com empresários do setor do Estado e ficou decidido que a gerente nacional de Padronização e Normas Técnicas da instituição, Anna Paula Cunha, estará dedicada a conhecer a realidade do Mato Grosso. “Essa aproximação dos sindicatos com a alta administração dos bancos, com a célula que dita as regras e os procedimentos de contratação é de suma importância, porque a gente pode expor as realidades regionais e mostrar que a viabilidade de um produto em determinadas regiões pode não estar dando certo em outras”, comenta Cezário Siqueira. “O objetivo operacional é permitir que os analistas possam entender a importância de uma regra que abarque todo o País”, completa. (Fonte: CBIC Hoje)

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