Pesquisa divulgada pela agência de risco Fitch Ratings aponta que o aumento no número de distratos deve ameaçar as construtoras em 2016. Chama-se distrato quando um comprador adquire um imóvel, mas não consegue pagar a construtora ou não obtém um empréstimo em um banco para financiar a compra quando o bem fica pronto. Com isso, ele precisa devolver o imóvel. A média nacional em 2015, segundo a agência, foi de 41 distratos a cada 100 imóveis vendidos, ou seja, 41%. Em 2013, o percentual foi de 24%; em 2014. Em Goiás, de 100 imóveis vendidos no Estado, 16 foram devolvidos, número bem abaixo da média nacional.
Para a Fitch, os distratos apenas nos primeiros nove meses de 2015 acumularam R$ 4,9 bilhões. Ainda de acordo com estimativa da agência de riscos, 35% das unidades vendidas e com entrega programada 2016 devem ser canceladas.
Estabilidade
Para o gestor em negócios imobiliários e estudioso do mercado, João Campos, o número ainda é pequeno em Goiás porque é possível perceber certa estabilidade no setor. A comparação é feita principalmente em relação ao momento vivido nos Estados do Sudeste do País. “As construtoras continuam apostando. Acreditamos que a situação deve começar a melhorar a partir de março. Nossa expectativa não é tão pessimista quanto a das pesquisas. Afirmo com convicção que ainda não há com o que se preocupar”, diz Campos. Segundo ele, três grandes empreendimentos serão lançados em março em Goiânia por construtoras que ele representa. “Ninguém continua investindo se não tiver convicção do retorno”,
Ao contrário, o advogado especialista em Direito Civil, Luiz Eduardo Franco Costa, acredita que tantas desistências demonstram um cenário ruim para as empresas. “Além disso, isso mostra que as famílias estão perdendo poder de compra ao ponto de desistir de algo que havia planejado com antecedência, como a compra de um imóvel”, lamenta o advogado. (Fonte: O Hoje)
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