Com a chegada e disseminação da COVID-19 ao país, a pesquisa Raio-X FipeZap do 1º trimestre de 2020 oferece dados inéditos sobre o perfil e o comportamento dos agentes do mercado imobiliário durante a pandemia, incluindo informações sobre o comportamento e a intenção de compra; a participação de investidores entre compradores; a incidência e percentual de descontos sobre o valor anunciado; bem como a percepção e as expectativas com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos. Na sequência, são apresentados os principais destaques da última rodada da pesquisa (referente ao 1º trimestre de 2020), que contou com a participação de 1.841 respondentes:
? Participação de compradores e investidores: a participação de compradores (respondentes que declararam ter adquirido imóvel nos últimos 12 meses) permaneceu praticamente estável entre o 4º trimestre de 2019 e o 1º trimestre de 2020 (em torno de 8% da amostra). Em relação ao estado ou tipo do imóvel adquirido, a preferência por imóveis usados respondeu pela maioria das compras realizadas por respondentes da última rodada (61%), contrastando com o interesse em imóveis novos/adquiridos na planta (39%). Em termos de objetivos, o interesse na aquisição de imóveis como forma de investimento (seja para valorização e posterior revenda ou para obtenção de renda com aluguel) também não se alterou entre o final de 2019 e o início de 2020, abrangendo 44% dos respondentes que adquiriram imóveis nos últimos 12 meses de cada rodada. A atratividade dos imóveis como opção segura e rentável de investimento continua em alta, tendo em vista não só a queda progressiva da taxa básica de juros da economia (e, consequentemente, da rentabilidade de aplicações financeiras,) mas também as incertezas associadas a investimentos mais arriscados durante o período da pandemia.
? Descontos nas transações: o percentual de transações com desconto sobre o valor anunciado do imóvel permaneceu praticamente estável nos primeiros meses de 2020, encerrando março com uma incidência de 71% sobre as transações realizadas nos últimos 12 meses – patamar ainda próximo do teto da série histórica. Considerando apenas as transações que envolveram alguma redução no valor pedido, o percentual médio negociado foi de 14% sobre o preço anunciado em março – mesmo patamar de dezembro.
? Percepção sobre os preços atuais: com as incertezas trazidas pela pandemia e os efeitos sobre as atividades econômicos, a percepção de que os preços estão “altos ou muito altos” cresceu de 56%, no 1º trimestre de 2019, para 68%, no 1º trimestre de 2020 – o maior patamar desde 2016. Os demais respondentes se distribuíram entre os que achavam que os preços atuais estavam em nível razoável (22%) e baixos ou muito baixos (6%), enquanto aqueles que não souberam opinar somaram 4%. Comparando-se a última pesquisa com o observado há 5 anos (1º trimestre de 2015), ainda é possível evidenciar uma queda na percepção de que os preços estão “altos ou muito altos” (de 85% para 68%), em paralelo à maior participação de respondentes que acreditam que os preços estão em nível razoável (de 11% para 22%); e “baixos ou muito baixos” (de 2% para 6%).
? Expectativa de preço: com relação ao comportamento futuro dos preços dos imóveis, o cenário desafiador imposto pela COVID-19 impactou de forma expressiva a expectativa dos agentes de mercado. Em detalhe, a parcela dos respondentes da pesquisa que projetavam elevação nominal nos preços nos próximos 12 meses (sendo compartilhada agora por apenas 13% dos respondentes) ou estabilidade (27%). Em paralelo, cresceu expressivamente a proporção de respondentes da pesquisa que aguardava uma queda nos preços dos imóveis – opinião que passou a ser compartilhada por 41% dos respondentes da pesquisa. Com base na expectativa média de todos os respondentes da pesquisa, a variação esperada no preço dos imóveis passou de alta nominal de 0,9% no último trimestre de 2019 para uma queda nominal de 5,6% ao longo dos próximos 12 meses.
Fonte: Portal FipeZap
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