Os R$ 42 bilhões de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) previstos com a medida do governo federal seriam suficientes para se construir aproximadamente 420 mil moradias populares no País, ao custo de R$ 100 mil cada. Esse montante equivale a aproximadamente um ano de Minha Casa Minha Vida (MCMV), de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
"Com menos recursos, serão construídas menos casas e não vamos conseguir reduzir o déficit habitacional, que é de mais de sete milhões de moradias no País", argumenta o presidente da Abrainc, Luiz França.
Os saques do FGTS não vão acabar com o MCMV, que tem seu orçamento anual já reservado. Por sua vez, o levantamento da Abrainbc serve como medida de grandeza sobre a importância dos recursos para o setor imobiliário, especialmente para pessoas de renda média e baixa, que não têm condições de adquirir a casa própria sem subsídios.
A preocupação de empresários da construção é que os saques do FGTS diminuam a liquidez do fundo, que serve como fonte de recursos para financiar a compra e a construção de imóveis dentro do programa habitacional. Nesse modelo, as taxas de juros ficam na ordem de 7% a 8% ao ano, patamar abaixo das demais praticadas no restante do mercado.
França lembra ainda que o programa habitacional tem sido o motor do mercado imobiliário, sendo responsável por dois terços dos lançamentos e vendas de imóveis no País nos últimos dois anos, segundo dados da Abrainc.
O anúncio de liberação de saques de contas ativas do FGTS também pegou de surpresa empresários do setor de construção, que reclamam da falta de diálogo com o governo federal. "Como o saque do FGTS é uma medida ampla, com muitos impactos, deveria ser discutida com todos os segmentos da economia. Só depois disso o governo deveria tomar uma decisão", afirma França. "Não foi isso que aconteceu. Ficamos sabemos hoje, ao ler os jornais", reclama.
O presidente da Abrainc contesta ainda a eficácia da liberação dos saques do FGTS para reaquecer, de fato, a economia brasileira. Dados compilados pela associação empresarial apontam que 84% do saldo depositado no FGTS está concentrado em apenas 8% das contas. Dessa forma, boa parte dos saques tende servir para transferir o dinheiro para aplicações financeiras mais rentáveis, em vez de se transformar em consumo e investimento.
Fonte: Abrainc
Publicações relacionadas
Com mais de 20 anos de experiência em direito imobiliário, Melazzo assume liderança do CONJUR com compromisso de fortalecer iniciativas da construção civil no campo jurídico
Lançamento da Sousa Andrade Urbanismo em parceria com a Sobrado Urbanismo, a Fazenda Lumiar é um destino de lifestyle campestre, com design contemporâneo e lazer completo
Evento realizado em 26 de junho reuniu associados para esclarecimentos sobre as novas diretrizes da Prefeitura de Goiânia referentes ao TDC e à OODC
Promovido pela Sousa Andrade Construtora no Setor Marista, Pet & Prosa promete diversão, dicas e sorteios para os bichinhos de estimação