As prioridades da agenda da indústria da construção e seu potencial para alavancar a economia foram o foco do discurso do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, durante a abertura do 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic). “Não podemos ouvir as vozes do atraso”, afirmou. “É preciso pensar nos próximos passos”, completou, defendendo um plano de ação para aproveitar os efeitos futuros da aprovação da reforma da previdência. A solenidade ocorreu na noite de quarta-feira (15) no Windsor Expo Convention Center Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Propostas para a geração de empregos e renda, retomada de obras paralisadas e um amplo programa de parcerias público-privadas (PPPs) foram alguns dos pontos abordados.
Martins começou analisando o atual cenário nacional e a importância de implementar ações cruciais para destravar o crescimento. “É um momento de disrupção e de mudanças, que estão ocorrendo numa velocidade que nunca tinha visto. Estamos passando por imensas transformações e são necessárias decisões rápidas. É isso que estamos buscando”, disse.
O presidente da CBIC destacou a reforma da previdência como uma das medidas mais urgentes. “Já que vai doer, a reforma não pode ser qualquer uma, deve ser a que precisa ser feita”, afirmou. “Nós já estamos convencidos de que é necessário, mas faço um apelo para todos que estão aqui: temos que convencer também trabalhadores e fornecedores de que é o caminho certo.”
A retomada de obras públicas de infraestrutura inacabadas no Brasil foi outra das questões levantadas por Martins. Segundo dados da CBIC, são cerca de 4,7 mil empreendimentos paralisados, que equivalem a R$ 135 bilhões de investimentos. Desse total, R$ 65 bilhões já foram executados. “Se essas obras fossem reativadas, seriam gerados 500 mil empregos. E a gente pode fazer isso sem dinheiro público, por meio de parcerias com o setor privado”, acrescentou o presidente da CBIC.
Martins ressaltou também a necessidade de reformular e ampliar o Programa Minha Casa Minha Vida, para atender às novas demandas sociais. “Moradia digna engloba muito mais que construir casa. Envolve vários conceitos, como locação social, direito de uso, leasing e outras oportunidades, que podem movimentar a economia ainda mais”, comentou.
Outras ações apontadas pelo presidente da CBIC foram propostas para a melhoria do crédito para infraestrutura e mercado imobiliário, como também medidas para a desburocratização do setor. “Essa é a mensagem da construção: queremos e podemos ajudar. Temos que sair de falsas polêmicas e entrar no Brasil que nós queremos, que nós construímos, que é concreto, e que desejamos para nossos filhos”, concluiu.
Martins agradeceu a participação de autoridades, representantes e outros convidados, além dos envolvidos na organização do Enic. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o evento é uma realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio) e conta com a correalização da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-Rio) e do Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro (Seconci-Rio).
Fonte: Agência CBIC
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